segunda-feira, 21 de junho de 2010

Olha pro céu, meu amor...

Talvez o mês junino consiga espargir cinzas de amores
Que tenham marcado corações pelas estradas da vida;
Podemos tocar em espinhos quando colhemos as flores,
Mas entendemos que amar é sempre uma ação atrevida!

E, é contrariando a lógica, a natureza e muitas opiniões,
Que o amor segue como uma paixão cega em busca do par,
Superando distâncias, tempos e sobrepõe-se às desilusões,
Pois somos partes de uma fogueira que insiste em incendiar!

Os balões ainda vistos no céu, por tantos motivos proibidos;
Representam - talvez - a ousadia bem própria das paixões...
Se somos felizes, só nos achamos quando estamos perdidos,

Na contramão de tudo, sem esperar apoios ou confirmações...
Quem sabe, se lá de cima não somos bem mais compreendidos,
Já que amamos tão plenos, desatando-nos os nós, além das razões!

segunda-feira, 31 de maio de 2010

O que será, que será?

Confesso e creio que não haja ciência nem mesmo filosofia
Que expliquem sentimentos acalentados dentro do coração;
Se o querer ainda pulsa  e a sensação ardente nos contagia,
É porque, certamente, encontra-se acesa a chama da paixão!

Acredito que o tempo, com sua magia, não seria sequer capaz
De apagar assim, completamente, ao que chamamos de amor;
Pois, na verdade, ele se projeta em nós, e só assim nos refaz,
Preenchendo-nos as lacunas de tudo aquilo que nos causa dor!

E se não sabemos o que será que será esse tão doce sentimento,
Que mexe conosco, que nos aperta o peito e nos faz confesssar...
Se já não tem remédio, medida... altura, largura ou comprimento;

Sei que também nos sobe às faces e consegue nos fazer corar...
E brotando-nos à flor da pele, eternizando cada raro momento,
Deixa no ar a pergunta que não quer calar: o que será, que será?

sábado, 29 de maio de 2010

Todo mundo espera alguma coisa...

Se o tempo, por nós, passa assim tão depressa;
Parecendo até que não nos dá a menor atenção,
Esperamos que um dia nada mesmo nos impeça
De atendermos aquecidos os apelos do coração!

Talvez torturados pela pressão que o tempo nos faz,
Caminhemos, ansiosos, em busca de horas a sós...
Sabendo que - em minutos - a eternidade se refaz;
Trazendo-nos o profundo sentimento qu'inda há em nós!

Quanto ao dia, não sei se te agrada ver-nos novamente;
Mas, espero teu sim - sob estrelas ou lua mais plena...
Para que nosso abraço seja nosso mais plenamente...

E diante de teu olhar, também te veja bem mais serena...
A qualquer sinal de abertura, possamos - sem censura, igualmente
Fazermos dos sonhos a realidade que sempre vale a pena!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Palavras...

Algumas palavras, juro, meu coração tão-só já não diz;
Não sei se é consequência de tudo que hoje me resta,
Ou - quem sabe - se será essa m'ea forma de ser feliz;
Enquanto o poema do tempo a instância me empresta!

Talvez devesse existir, das palavras, um exímio artesão...
Para que engenhosamente trabalhasse ou até esculpisse
O olhar profundo que viaja no tempo, a pura expressão;
Certo de dizer-te novamente palavras que um dia te disse!

Como esperar mais, se já passou o tempo da esperança?
Querer-te agora parece sonho impossível ou vão devaneio;
Pois nos guardamos silentes, segredando nossa lembrança.

Se me dás uma ideia, busco a palavra ou qualquer outro meio;
Permito-me viajar-te - em imagem e ação - puro como criança,
Quero, assim, saciar-nos a paixão; por isso a ti meu fogo ateio! 

domingo, 23 de maio de 2010

Ao que chamo de amor...

Chegamos - um dia - a um altar que nos fora pleno,
Fizemos dele um ninho de tantas paixões e delícias...
Hoje, diante do tempo que passou, quero um aceno
Para reacendermos a luz de nossas ternas carícias!

Sob o caos que tua ausência, cruelmente, me causou;
Sobrevivo, resistente, ao tempo da cura e neste breu...
Consolo este meu coração que já e sempre te amou,
Esperando ansioso o brilho do olhar que é somente teu!

E na expectativa de que tomemos - juntos - nosso tento,
Será tão bom desatarmos de nós os nós qu'inda têm jeito;
Deixando livre teu veleiro em flor ao seu maior intento...

Soltando suas velas, permitindo-se plena, à mercê do vento.
E enquanto a vida vai passando n'um vazio quase perfeito...
Trago-te em meu peito, chamando de amor meu sentimento!

sábado, 22 de maio de 2010

Travessias, e [...]

Quero - a cada dia -, poder soltar a minha voz
Nas estradas, ou mais diretamente ao teu coração;
Lembrando-me de tudo, principalmente de nós...
E assim renovar em mim aquela nossa emoção!

Quero que saibas, e já não posso nem quero parar
De dizer-te a distância o que te disse tão perto;
Sabendo que o tempo não conseguiu, de fato, separar
Os corações cujo amor inda é grande, estou certo!?

Refaço-me, e quero fazê-lo na delícia de teus abraços
Em hora oportuna, fortuita ou mesmo em tempo fugaz;
Guardar comigo o teu perfume, e a beleza de teus traços...

Pois sei que tua lembrança - em mim - traz-me a paz;
E diria até que o destino pode reatar-nos os laços...
Ou será que o que se foi p'ra nós não voltará jamais?

terça-feira, 11 de maio de 2010

Quando a luz dos olhos meus...

Não se trata de palavras que lançamos ao vento;
São expressões que partem do âmago do coração.
Traduzem forte o mais nobre e sincero sentimento,
Deixando silente e expectante até a própria razão!

Se os olhos não se encontram, havendo lembranças,
A mente, então, viaja em busca de alguns sinais...
Acalentando, quem sabe, remotas esperanças
De ter - além do teu olhar - o que ficou para trás!

O que marca na vida a presença de outra vida
Não se pode mensurar na brevidade de um texto;
Talvez haja como demonstrar em uma hora querida...

Creio que quando a luz dos olhos fizer novo contexto,
E chegarmos, enfim, à nossa vontade maior e preferida,
Teremos o corpo - por inteiro - como sublime pretexto!

domingo, 9 de maio de 2010

*Ei, mãe...

Não importa se o filho não é mais menino,
A mãe também há de querer parir seu destino;
Não existe isso de dizer que a mãe já fez a sua parte,
Pois ela terá sempre algo a realizar na vida dos filhos;
[Até mesmo depois de partir]
O mundo não adota quem tem boa mãe;
Na verdade, é bom mantê-la nos planos,
Já que ela jamais quer que um filho seu sofra...
[Embora o sofrimento ensine tanto, também]
Proteção não desprotege
Se a considerarmos como amor.
E o carinho de mãe é para acontecer,
Pois quando a barra "tá pesada",
É o colo de mãe que faz falta
[Alguns filhos só depois é que entendem isso]
Infelizmente.
É bom não querer
A ausência de uma mãe;
[Ela está, de alguma forma, sempre presente]
Tampouco se acostumar com isso,
Nem no início nem no fim de nossas vidas!

*Minha homenagem, hoje, às mães do mundo inteiro.

sábado, 8 de maio de 2010

Quero te encontrar...

Espero-me em teu porto
Como prova de que em ti quero me encontrar;
Se não me achei,
Ainda estou perdido;
Se te encontrei,
É porque quero me achar.
Mas, não me acho
Enquanto não te encontro...
Sempre me perco
Quando me acho sem ti.
Se te encontrar,
Só me deixes perdido,
Desde que - contigo,
Eu também possa estar!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Perigo...

O coração não tem olhos, mas vê;
E, se não conseguisse ver,
Teria a vantagem de sentir.
Coração até sonha;
É capaz de chorar,
Pode sorrir, é verdade!
Alguns chegam a ter asas,
Voam...
Outros dormem,
E, paralisados,
Viajam no tempo;
Reconstroem castelos...
Longe das ameaças,
Já que tudo passa,
É melhor não ver as marolas...
Coração cansa,
Repousa...
Parece esperar,
Tudo pode estar longe dele,
Mas...

sábado, 1 de maio de 2010

Poeira tomando assento...

A Felicidade é a filha ilustre do Amor;
Não se é feliz sem amar!
Quando hoje abri meus olhos,
Ainda diante de imagens turvas,
Achei-me perdido...
Sozinho, sob a ilusão de tuas curvas:
Puro devaneio,
Sonho - talvez!
Expectativa...
Quiçá?
Retornei aos lençóis...
Cambaleante, em busca do mesmo sonho,
Devaneio,
Ilusão...
Poeira tomando assento...
Volto-me
Encontrando-te.
És a filha do Amor,
Sou feliz!

A vida é tão rara...

Nada é igual!
O conceito de paridade é controverso:
As coisas até se parecem, às vezes,
Mas são diversas no Universo.
Ninguém é igual!
A concepção da existência humana é plural:
As pessoas até expõem semelhanças,
Mas são desiguais, é natural.
A vida é tão rara!
Sendo ímpar, não tem repetição:
O momento, a realidade, tudo é único;
Nada é igual...
Ninguém é igual...
A vida é tão rara!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Por tanto amor, por tanta emoção...

Se a vida me fez assim
E me torno eterno caçador de mim,
Caço-me e não me devoro;
Por minha própria vida imploro,
Pra que minha busca não tenha fim.
Saio obstinado motivado por teu cio,
Preencho-me, aqueço-te; vai-se o frio...
Não me perco; acho-me em ti,
Por tanto amor, quero-te comigo aqui;
Por tanta emoção, não me sinto vazio!

domingo, 18 de abril de 2010

Palavras, palavras...

Se escrevo, a palavra nem sempre te chega bem;
Quando canto, a melodia - às vezes - te agrada.
Não sei se me desfaço e me recomponho também,
Ou se te amo mais pra que me sejas mais amada!

Quero dizer-te - assim - tudo o que agora sinto,
Parece que alguma distância nos une bem mais;
Se não estou tão perto, garanto que te pressinto
E o sentimento forte vem cobrir-me de sinais!

As palavras que me chegam suavemente à mente
Dizem-me da alegria de ter-te no coração,
Se não fora a incerteza das nossas vidas, realmente,

Não teríamos já vivido, e bem vivido, tanta emoção:
Somos espelhos num aquário em que as ações livremente
Ecoam palavras que só nos dizem "sim"; nunca "não"!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Eu não consigo entender tua lógica...

Poeta:
Um lavrador
Que alegremente
Canta
Ou encanta
E provoca emoção.
Poesia:
Nem sempre alegria;
Nem sempre canção.
Palavra:
Uma lavra
Que atinge o coração.
És fora de ótica;
Exótica
No viver;
E...
Tua lógica
Não consigo entender.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Como ninguém jamais te amou...

Se, ao Olimpo, os semideuses chegar sonham, apenas;
Aos Ulisses, cabe-lhes tão-somente a dura odisseia...
E se as mil e uma noites forem a rotina de tuas cenas,
Volvo-me a ti, esperando-te para contar-te a reestreia.

Sísifo serei a rolar a enorme pedra pela montanha acima;
Tal qual Fênix ressurgirei das cinzas para ser novamente.
Não olvidarei os apelos de quem, a distância, me anima;
Nem me entregarei ao Narcisismo; serei teu, plenamente.

Se Éolo eu fosse, demoveria as barreiras que nos separam;
O hiato, que ora nos divide, um encontro não deixa de ser.
E quando as Helenas, por minhas batalhas, se desamparam,

Volto-me p'ra ti, em busca de mim; tentando assim reviver;
Pois nossos corações, de tão perdidos, até já se acharam,
E a plenitude do amor, em nós, transbordante, como conter?

domingo, 11 de abril de 2010

De um jeito que te faça rir...

Nem sempre os dias nos reservam as mesmas expectativas;
Somos surpreendidos pela proeza do que é imprevisível.
Queremos que tudo sempre atenda as nossas perspectivas,
E esquecemos que hoje, em cada momento, tudo é possível!

Hoje eu queria te abraçar, sentir teu cheiro misturando-se ao meu;
Quem sabe até te levar pra casa e poder, contigo, dormir em paz.
Se isso me for permitido, meu café-da-manhã também será teu...
E descobriremos sob o sol que o amor intenso sempre nos apraz!

Se não podes estar aqui, espera que aceito teu convite, já posso ir.
Quando me dizes: então vem, quero eternizar cada momento;
Não consigo e nem quero, de alguma forma ao longe só te ver partir

Distante de mim, como uma lembrança de um grande sentimento;
Hoje, quero mesmo te abraçar, assim de um jeito que te faça rir
De termos ficado tão distantes, e só agora realizando nosso intento!

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Temos todo tempo do mundo...

Pode ser que não seja hoje,
Talvez o tempo nos reserve mais expectativas;
É assim com as coisas do coração.
Caminhar pela praia,
Cantarolar canções afins,
Apreciar o horizonte,
Fazer planos...
Sonhar.
É deixando-se tocar pelas lembranças
Que se eternizam os sentimentos:
Guardando sorrisos,
Registrando alegrias,
Mantendo vivos os melhores momentos,
Acreditando que passado, presente e futuro
Podem estar num mesmo plano,
Se entendermos
Que temos todo tempo do mundo!

sábado, 3 de abril de 2010

Me aproximo mais...

Não me lembro de ter fugido
De ti;
Mas, por mais que o fizesse,
Mais próximos estaríamos,
Pois ninguém se perde
Quando foge para dentro
De si.

Quero ir...

Eu quero ir, minha gente,
Eu não sou daqui...
De fato, sinto-me estranhamente só
Quando estou sozinho,
Sem você.
Parece que seu carinho,
Intensamente,
que me chega aqui...
Invade-me sem dó;
E em nosso ninho,
Encontrando-me
Em você,
Volto a ser
E só!


 

quarta-feira, 31 de março de 2010

Você é assim...

Flor de jardim;
Ser que se doa
Sem dó...
Intensa...
Se, longe de mim,
Desfaz-me...
Despetala-se.
- Espinhos?
Dispensa...
Encanta-se,
Vira pó, enfim.
Por ser assim;
No vale,
Não me deixa só;
Compensa!

terça-feira, 30 de março de 2010

A saudade bateu...

Não importa a que horas ela aparece
Pode ser logo cedo, ou tarde da noite;
Esperar, talvez, que alguém regresse
Dói, às vezes, como um grande açoite!

Alivia-nos quase sempre a doce lembrança,
Se u'a palavra ou gesto nos vem à mente;
Guarda-se no peito ainda uma esperança
De vermos, logo, um ao outro novamente!

O coração bate cada vez mais forte, é verdade
Na expectativa de que vivamos essa emoção
Pois quando se ama, é normal sentir saudade

Certamente, são coisas próprias da paixão
E se queremos viver plenamente a felicidade,
Deixaremos a saudade se expandir no coração!

sábado, 27 de março de 2010

Estranho amor [?]

Ah, teu olhar,
Janela da alma.
No sorriso que acalma,
Teus olhos me sorriem,
Enquanto me encanto;
Tua voz,
Mesmo a distância,
Desata de nós os nós.
Se é inútil ter certeza,
Entrego-me à tua natureza;
E me deixo levar
Ao encontro de teu beijo,
Pois sei que é meu esse desejo.
Aceito um amor, que não me é estranho;
Sempre esteve comigo.
Se me quiseres, te acompanho;
Sem rédeas no coração,
O que me dizes é um rastro que sigo,
E se também aceitares  o que digo,
Entrego-me; perco a razão!

terça-feira, 23 de março de 2010

...mesmo que exista [...]

Se, por algum tempo, me faço presente em tua vida
A despeito da distância e das horas que nos separam,
Ouso dizer-te que mesmo envolto em tanta lida,
Meu corpo e minh'alma o meu amor te declaram!

Não sei se nos encontramos além de dentro de nós,
Se nos cabe um espaço além de nosso coração;
Viajo nas lembranças de quando vivemos a sós
O que hoje parece surpreender a própria razão!

Sinceramente, não quero apenas estar no teu pensamento;
Quero mais do que pensar que também pensas em mim.
Se conseguimos guardar em nós tão profundo sentimento,

E agora floresce uma vontade de só nos dizer "sim",
Onde estiveres, quero alcançar-te em meu intento:
De te amar plenamente com um amor que não tem fim!

domingo, 21 de março de 2010

De ventos e velas...

Comparar a vida com o mar não é uma metáfora assim tão rara.
Vivemos como barcos a singrar tantos mares e, até, oceanos...
Às vezes, somos levados por correntezas;
Ficamos à deriva,
À mercê das ondas...
Sofremos os embates de suas fúrias,
E mesmo quando tudo parece estar calmo,
Podemos ser surpreendidos.
A vida é assim: um grande mar aberto.
Nele somos lançados a seguir diversas rotas por nós escolhidas;
Ora na direção certa; ora na incerteza do destino,
Perdemo-nos ou nos encontramos nesse vasto mar!
Com o decorrer do tempo,
Diante de viagens mais longas,
Largamos o timão, o leme da existência,
Querendo que alguém assuma o comando;
Mas, parece que a voz do grande mar nos diz
P'ra não ter medo,
Que a coragem é o segredo da vida...
Sob os ventos e velas!
Até porque
Somos esperados por tantos que um dia nos viram adentrar o mar
E nos acenaram na esperança de um retorno breve.
Na volta, cabe-nos a expectativa de um abraço
Tão intenso e aconchegante de sentir as batidas do outro coração
Em nosso peito...
Com o olhar umedecido,
Voltamos,
Deixando escapar um pouco do mar em nossos olhos,
O mesmo mar imenso de tantos que nele se perderam.

sábado, 20 de março de 2010

Coisas que eu nem sei contar...

Se me propões que nos unamos em corpo, voz e cor,
Chego-te assim, sutilmente, sussurrando ao teu ouvido;
Circundando teu pescoço, ouvindo gemidos não de dor,
Ouso, então, lançar-me em ti com beijo mais que atrevido!

Desbravo-te freneticamente os pontos, tua geografia...
E teus suspiros em falsete fazem-me também delirar;
Nem o passar das horas me provoca o fim do dia,
E essa aventura em carne e osso faz a gente levitar...

Com a sensação maravilhosa de estar n'um paraíso,
Éramos dois; já somos um - encharcados de perfume;
Sem pecado, estando em ti, já perco o sizo...

Entregues à paixão, de nós - muitos têm ciúme...
Esparramado sobre tuas curvas, já não tenho juízo;
Escalo-te ofegante, e em jornada delirante: é o cume!

quarta-feira, 17 de março de 2010

Mais um sonho...

Não pretendo te amar no bocejar da vida;
Serei pródigo em me achegar ao teu céu...
Mas, se minha atitude te parecer atrevida,
Ficarei pacientemente a esperar do teu mel!

Se é preciso sofrer uma tortura implacável,
Ou até ousar romper minha incabível prisão;
Voarei num limite bem mais que provável...
Só p'ra chegar e tocar-te o inacessível chão!

Sei que pode valer delirar e morrer de paixão;
E, se amanhã, esse teu chão que eu beijei...
Junto ao teu peito, for meu leito de perdão,

Sem palavras, q'eu apenas te diga que já nem sei,
Que não entendo essa lei e tampouco a razão...
Mas, se era sonho impossível, todo amor eu te dei!

segunda-feira, 15 de março de 2010

Carícias plenas...

Como se não bastassem as minhas cruéis cadenas,
Vivo à mercê dos enleios dos fios de tuas melenas;
E sob o laço de teu abraço, revigoro-me em cenas
Marcantes de amantes, sendo - assim, nós - apenas!

Em busca de teus carinhos, carícias mil - tão plenas;
Debulho-me sob tuas mais intensas provas pequenas
Que se somam, em torno de mim, tais quais falenas...
Enquanto desbravo teu mar, lembras-me as sirenas,

Com seus hipnóticos cantos, melodiosas e obscenas;
Em teu corpo dourado, entrego-me às duras penas...
E, se ouso deslizar-me em ti com ações tão serenas,

Dizes ao meu ouvido palavras doces, sempre amenas.
Aliviando-me - sob estrelas - minhas quarentenas...
Sinto que sou pleno; e anuncio-te em minhas arenas!

domingo, 14 de março de 2010

Se olhar nos meus olhos, ...

Talvez as palavras sejam assim tão poucas
E meus gestos queiram se fazer presentes;
Se os encontros parecem atitudes loucas,
Mergulho fundo na emoção que pressentes!

Quando insisto em falar-te assim tão sério
E de mim foges, descartando o meu desejo;
De teu coração, vou desvendar o mistério
P'ra revelar-te o amor na doçura de meu beijo!

Quero te mostrar, bem pleno, o que é ser feliz;
Com essa chama que queima e chama pra viver
Um amor: reflexo do carinho que sempre te fiz

Pra viver essa paixão, se é assim o teu querer;
Seremos o amor, você e eu, como a canção nos diz:
E se olhar nos meus olhos, sei que já podes ver!

sábado, 13 de março de 2010

... tão carinhoso!

Às vezes, quando os meus olhos querem esboçar um sorriso,
E o coração é cercado por sombras de um passado ameaçador,
Quero, então, resgatar - a todo custo - o tão sonhado paraíso
Que me devolva a antiga alegria, um dia sufocada pela dor!

Mas, como fazer o coração voltar a bater daquele jeito feliz,
Se pelas ruas já não consigo - voluntariamente - te seguir?
Talvez por fugires de mim, quedo-me e quebro as promessas que fiz;
E os meus carinhos como antes, agora não podes mais sentir!

Ah, tu sabes, como ninguém, o quanto eu sou tão carinhoso
E como é sincero o meu amor; mas se estás a fugir de mim,
Fico reticente, quieto, buscando soluções, porém receoso...

Espero, então, recluso - expressar-te o que sinto assim:
Querendo que meus olhos fiquem sorrindo, com coração sequioso
E que venhas sentir o calor nos braços de um amor sem fim!

Vi tudo mudar...

E agora?
Seguir uma trilha já feita por outros
Ou fazer o próprio caminho?
Quando somos desafiados a enfrentar a vida,
Costumamos ver as estradas percorridas por quem já a enfrentou;
Olhamos cada passo,
Cada salto sobre as pedras,
A travessia das pontes,
Os abrigos procurados como forma de amparo;
Enfim, queremos chegar lá...
A um lugar a que chamemos de porto seguro:
Um ombro,
Um colo,
Um aconchego...
Algo mais que uma companhia;
Bem mais, muito mais que não estar só...
Pensando nisso,
Só quando fui ferido,
Vi tudo mudar!

terça-feira, 9 de março de 2010

... sempre mexe com a gente!

Não seria o tempo, testemunha tão presente,
que nos faria esquecer
de momentos bem marcantes
em corações que se encontraram;
Mas em sonhos e devaneios,
fugimos de nós mesmos; e eu quero ver
Até quando nós iremos sufocar
esses desejos que outrora nos acharam!

E os anos se passaram,
enquanto tentávamos nos encontrar ou reviver
de algum modo, sem mágoas passadas,
e sem sombra de qualquer dor;
Novamente e renovados,
como que até pudéssemos fazer renascer
das cinzas, a que nos lançamos,
o que em tempos chamamos de amor!

Na certeza de que somos espectadores
e protagonistas de nossas vidas,
Seguimos nossa estrada,
guardando na memória a preciosa semente
Do melhor de nós,
contrariando de todos as previsões mais atrevidas;

Pois bem sabemos que quando se ama,
nada se acaba assim de repente...
E se estas palavras poéticas
fizerem ressonância quando forem lidas,
Comprovaremos, realmente,
que paixão antiga sempre mexe com a gente!

segunda-feira, 8 de março de 2010

*Mulher, Mulher...

Desde o Éden, musa única da humanidade infante;
Perpetua em si as gerações de um porvir extenso...
Transpassando séculos e superando-se a cada instante,
Faz-me quedar ao fascínio de teu encanto intenso!

Soberana, altiva e dona das trilhas dos corações
Retrata em si u'a magia que é puro apelo a todo olhar;
Se és sereia, cultivam-se em ti - tão doces cantos - as ilusões,
E ávido, sei que somes e me consomes em teu vasto mar!

Mulher ou anjo que de vez em quando se torna fada;
Menina, moça, um ser que cresce e ao bardo apetece...
Te ofereces ao mundo para sempre seres amante bem amada!

A natureza te prestigia e, muito mais, a humanidade te agradece;
Sendo mãe, és - a todo tempo - pelos filhos cortejada...
Não importa a idade, energizas-te e nada em ti envelhece!

*Soneto dedicado à Mulher [que eu amo sob estrelas] em seu dia todo especial.

domingo, 7 de março de 2010

Amanhã pode acontecer tudo...

Movidos pela expectativa de nossos amanhãs,
Buscamos ansiosamente uma âncora no futuro;
Espargindo emoções tão loucas; às vezes, sãs,
Torna-te p'ra mim uma ilha, onde me sinto seguro!

O outro dia que vem é sempre uma constante indagação:
Pode acontecer tudo, inclusive, nada; é sempre assim...
Mas a felicidade chega, é certo; no momento da razão,
Trazendo-te suave como a campina, bem grande p'ra mim!

Se o tempo nos reserva, nas caminhadas, a incerteza
Nele sigo bem atento aos sinais; quero ver-te, não me iludo...
Ao teu encontro posso ir, faço-te em teu compasso m'ea princesa;

E se os dardos contra ti forem lançados, te serei escudo...
Sob cuidados gentis, sem pressa; pois não tem pressa a natureza;
Contigo, há de já - no coração ansioso - acontecer tudo!

sexta-feira, 5 de março de 2010

A atitude de recomeçar é todo dia, toda hora...

Eu também queria que você soubesse
Que sua alegria é minha alegria
E em mim ganhou um terno abrigo!
Eu também queria que você soubesse
Que apesar de ter percorrido tanta estrada,
A minha ternura em tua lembrança ainda está comigo!
Eu também queria que você soubesse
Que fico sempre feliz em ver-te mulher
E que com teu jeito menina, inda mais me fascina
Me prende ao teu peito, e me faz o que quer!
Eu também queria que você soubesse
Que eu diria a todo mundo, se pudesse;
Que eu te gosto hoje muito mais
Porque me entendo muito mais também
E que é duro ter que sentir isso longe de alguém!
Eu também queria que você soubesse
Que a atitude de recomeçar é todo dia, toda hora...
Mesmo que esse reconhecimento só tenha chegado agora!
Eu também queria, finalmente, que você soubesse
Que as cicatrizes de nossas velhas feridas
Não devem ser abertas, mas esquecidas;
Pois cada um se renova quando cresce...
Então, lembremos felizes do que não perece:
O amor qu'inda pulsa em nossas vidas!

Deixo assim ficar subentendido...

Longos fios finos de ouro te cobrem a cabeça;
A tez serena te alveja a face de olhos de mel...
E esse mesmo olhar faz com que não me esqueça
De tornar-me tenaz em conquistar-te o dossel!

Chegar a me ver diante de teus cárneos lábios,
Carmesim em par que sutilmente me apetece;
Faz-me lembrar de conselhos sempre tão sábios
De um Shangrilah que sob a lua me aparece!

Teu corpo e cabelos soltos à mercê do vento
Convidam-me a um mais doce e esperado ensejo,
E a ansiedade nos impele a este momento

Em que, no encontro dos braços, queremos um beijo.
Pois quando o tempo não anula o sentimento,
Deixo assim ficar subentendido o meu desejo!

quarta-feira, 3 de março de 2010

*Eu prefiro as curvas...

Tal qual sereia, por entre arrecifes de corais;
Como náufrago, encantam-me teus cantos.
Contemplar-te apenas não me cabe mais,
Meus olhos te cobrem como se fora mantos!

Em viagens por devaneios, buscando abrigos;
Perco-me em estradas, às vezes, tão turvas.
Arrisco-me por ti; e até corro perigos
Por apreciar, perdido, tuas curvas!

As estradas de Santos me lembram caracóis
E a jornada ao mar parece-me audaciosa;
Pretendo desatar, quem sabe, alguns nós

Imaginando u'a aventura proveitosa.
E se esta imagem é linda; mesmo que a aprecie a sós,
Deslizo-me feliz nesta miragem sinuosa!!!

*Soneto às sereias de cantos e encantos encantadores.

"Quando olhávamos juntos na mesma direção..."

Ver a vida pelo retrovisor;
Debruçar-se sobre o álbum de fotografias;
Concentrar-se na leitura de poemas que marcaram época...
Viajar no tempo;
Criar imagens jamais pensadas antes...
Permitir-se...
Saudades!

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Beija o barco e luz, dias tão azuis...

Que os dias sejam de luz;
E os barquinhos possam navegar...
Que as manhãs sejam de sol;
E que a vontade de cantar sob o céu tão azul
Nos faça amar e que tudo isso nos traga paz...
Às vezes, as pessoas são como barcos que vêm e vão ao mar;
Esperamos sempre que voltem
Cheios de experiências vividas no mar da vida;
Oferecendo-nos suas pescarias como prova de que valeu a pena enfrentar as ondas...
Quanto mais azul é o céu, mais as águas se azulam nessa sintonia cromática;
Mais convidativo torna-se o mar.
Não importa se o barco é grande ou pequeno;
O mar será sempre muito grande
E nós, menores ainda!
Entender isso, já é uma grandeza!
Quero ser sempre aquele que beija o barco e luz
Em dias tão azuis...

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Me disse pra ser feliz e passar bem...

Viver o momento feliz
Plenamente...
Entregar-se ao amor
Completamente...
Acreditar na grandeza do instante
Intensamente...
Mergulhar em tantos beijos
Loucamente...
Esperar por outra noite
Ansiosamente...
Sem cobrar nada do outro
Sinceramente...
Lembrar-se de cada momento vivido juntos
Verdadeiramente...
Faz-me quebrar a rima
Audaciosamente...
Pois me disse pra ser feliz e passar bem!

Meio-dia eu só penso em dizer não...

Um dia, o que foi grande novidade acaba em rotina.
Perde-se o encanto do viço;
Muda-se completamente a sina;
Desfaz-se o que era compromisso!
Até o que já foi graça,
Por qualquer mudança de tom,
Parece ser pirraça...
E o relacionamento não fica bom.
Quando isso acontece frequentemente,
Passa-se a conviver por tolerância;
Nega-se, normalmente, o que se sente,
Evitando-se agir com ignorância.
Buscam-se motivos pra se manterem juntos;
Programações são - em geral - evitadas;
Não há mais afinidades nos assuntos
E quase todas as opiniões são contrariadas.
Ficam nos álbuns as boas lembranças
Para, num futuro, alguém se arrepender
De ter feito tantas cobranças
Quando o mais importante era viver!
Apostava-se tanto num futuro
Que, na verdade, nunca chegou;
Talvez porque alguém foi omisso ou jogou duro
E não soube tolerar ou, simplesmente, não ousou!
Esperar que alguém mude num relacionamento
É, quase sempre, uma utopia;
Pois o tempo se encarrega de cristalizar o sentimento,
Mas, às vezes, apenas um renuncia.
E, se ela faz tudo sempre igual,
Tornando-se natural a mesmice,
Tudo isso já é um sinal
De que continuar assim é tolice!

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Nada é p'ra já...

É a pressa
que estressa!
Melhor pra quem regressa
é escolher opção melhor que essa.
Às vezes, a vida nos prega uma peça
contrária àquela promessa
tão expressa
naquela remessa;
coisas de quem atravessa,
saindo daquela e entrando nessa;
pois a falta de atitude engessa...
melhor mesmo é ser alguém que confessa
o que sente a quem interessa;
amar devagar é melhor que depressa
e se nada é p'ra já, nada de pressa!
Realmente: Amar-te assim já é bom à beça!!!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Brigar pra quê?

Não é todo mundo que lida bem com a solidão; há quem se desespere só em pensar na possibilidade de ficar só. Claro que estamos falando de situação duradoura de distanciamento em relação aos outros; não simplesmente estar a sós. Sou dos que acreditam na necessidade de convivência, mas não faço disso a minha principal bandeira; acho bom aprender a encarar bons momentos sozinho.
Às vezes, ter com quem discutir ou trocar ideias; ouvir e falar o que se pode - dentro daquela perspectiva de partilha, cooperação, enfim... é muito saudável! Queremos, na verdade, vivenciar relacionamentos de compreensão e aceitamos o desafio de encontrar pessoas que estejam a fim de uma parceria, de preferência, bem agradável. Daí, certamente, o fato de buscarmos afinidades - por mais difícil que seja encontrá-las naqueles que nos cercam.
Agora, quando a luz dos olhos se encontra na luz de outros olhos e se afinam, ah! Aí não dá p'ra segurar, é comum partirmos ao ataque sem muitas restrições, até porque quem passar por essa vida, e não viver terá perdido a própria vida!
Somos convidados à realização dos sonhos, e - por isso - lançamos sobre a existência a responsabilidade de sermos felizes, embora tenhamos receio de que alguma coisa não dê certo. Mas, isso é bem próprio daqueles que ainda não leram "O mito da Caverna"; precisam romper algumas fronteiras da concepção humana  diante das descobertas. E é desse jeito que o tempo torna-se parceiro atento à espera de nossas atitudes de mudança.
Nesse rumo, fazemos nossas escolhas e por elas pagamos caro, ou ganhamos muito com isso; é assim!
Sozinhos ou acompanhados, estamos à disposição do Universo e se ele conspirar a nosso favor, hummm...
Entenderemos que não vale a pena criar celeumas; fundamental é mesmo o amor e é impossível ser feliz sozinho! Há quem diga também que o bom é viver em paz consigo  e, se der, com o mundo; ou seja, pertencemos - indiretamente - uns aos outros; sem esses comuns domínios de posse, mas apenas de parceria com interesses afins; então, brigar pra quê? 

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Faz minha rima ficar mais rara...

Ah! A poesia...
Expressão tão cara!
Muito além da elegia;
Escultura em carrara!
Transpassa os vaus com maestria
Como sempre ultrapassara
Destronando a vã filosofia
Com sua autenticidade que sara;
Se não fora a dor mais forte que a alegria,
Seríamos banais; e a ti não conquistara.
Quero romper os laços da fantasia,
Mostrar-te o que faz minha rima ficar mais rara
Dedicar-te meu on, minha energia;
P'ro meu corpo ficar O'Dara,
E a sorte que você me dá não é magia;
Chega a ser o que eu sonhara:
Converte-me a noite em pleno dia;
Resgata a beleza da Guanabara,
Tal qual menino na mais livre estripulia,
Sinto que teu olhar me repara;
Consumindo-me tal iguaria.
E se eu a ti me dedicara,
Não me será surpresa a folia;
És meu mel, e eu sou quem te açucara!

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Na estrada dos louros, um facho de luz...

A paixão do brasileiro por futebol é, sem exagero, algo digno de profunda análise. Não importa se o país está atravessando alguma crise de qualquer espécie que seja; tudo estará abaixo desse sentimento arrebatador que domina o coração de milhares em todo o Brasil. Nessa temática, muitos se transfiguram quando o assunto é bola, gramado e gol; e a espera, o sofrimento, o grito preso na garganta, todas as energias se somam para se traduzirem na emoção da vitória, própria de quem sabe torcer - ainda que seja pelo Botafogo.
Não iria citar meu time do coração, assim - gratuitamente - mas, faço parte de uma elite de torcedores que ocupam a ala dos apaixonados pela discrição, daqueles que sofrem calados e vibram com o coração quase silente. E, quando vejo meu esquadrão jogar com raça, e [paradoxalmente] com humildade, identifico-me com esses guerreiros e me sinto parte deles. Gosto desse jeito botafoguense de ser, confesso. Considerado ou chamado de "O Glorioso", mas visto de forma simples, persistente, injustiçado - muitas vezes, lembrado por suas glórias e craques do passado cujos nomes e talentos honram nossa memória esportiva. 
Tenho, felizmente, alguns amigos sofredores iguais a mim, e isso me orgulha, pois não me sinto sozinho nessa estrada de louros; na verdade, cada um de nós é uma estrela solitária que conduz essa paixão com um facho de luz. E na busca por novas conquistas, vale a pena lembrar as tradições, os heróis em cada jogo (...). Sempre na certeza de que em toda luta, por mais renhida que seja, o gigante, o mais forte, o favorito não - necessariamente - será o vencedor; por isso, meu Fogão, hás de ser nosso imenso prazer porque tradições aos milhões tens também!

E cada vez que eu fujo, [...]

Ainda que o sentimento esteja ilhado,
Morto e amordaçado,
Ele volta a incomodar!
Quem disser que o tempo faz esquecer tudo,
Certamente,
Ainda não conhece a dimensão de alcance das flechas dos corações.
É, ...
Não adianta nem tentar...
Basta rever uma cena comum de momentos afins;
Uma canção que é mais que uma canção!
E vamos, caminhando e cantando...
Considerando o hoje mais importante que todos os dias
Se hoje for o dia mais especial pra quem se ama;
Se for marcado por um encontro;
Se você vier pro que der e vier...
Estaremos sempre dispostos
A encarar novos desafios na vida
E, se somos convidados a uma luta, a uma batalha...
A uma dança,
Podemos dizer sim ou dizer não.
Mas, o convite será sempre muito presente ao nosso ouvido;
E, talvez, esteja diante de nossos olhos também.
Seremos quase que atormentados por tudo isso,
Pois se assemelha ao pulsar do coração:
Constante...
Ininterrupto!
E cada vez que eu fujo,
Pode crer,
Eu me aproximo mais!

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Nossos ídolos ainda são os mesmos...

Procura-se um ídolo novo!
Talvez seja um clamor nacional, quiçá do mundo inteiro.
A quem apontaremos como alguém em quem possamos creditar nossa confiança [plena]?
Já faz tempo que as canções não exaltam um real representante popular!
Espera-se há muito, e não se vê perspectiva de ocupação desse posto de veneração e respeito.
Será utopia continuar crendo em um modelo de luta,
Um ícone de idealismo,
Uma voz que se identifique com os apelos dos que não têm voz?
Quais as frases marcantes daqueles a quem ouvimos ou lemos hoje?
Temos sido alimentados por mensagens de enlevo e esperança pela mídia que nos assedia?
Que paradigmas estão sendo postos diante de nós
Para que haja desejo de ampliar nosso horizonte de expectativa?
Se perguntarmos a muita gente sobre tudo isso,
Decerto, ouviremos dos jovens - nossos filhos:
Nossos ídolos ainda são os mesmos...
Realmente, as aparências não enganam:
Estamos cercados pelos ecos das vozes que atravessaram o tempo
E soam ainda,
Ousadamente...
Persistentemente...
Sem mesmices,
Nem tolices;
Sempre novos,
Já que não reinventaram nossos antigos heróis.
Talvez, por todas essas coisas,
Queira o mundo continuar de olho apenas no retrovisor
Em busca do que se foi.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Meus olhos já não podem ver...

Há algumas imagens que nos cegam por seu poder de agressividade ou de sedução. E é claro que esse fascínio imagético diante de nós contribui para criarmos um envolvimento capaz de anular nossas defesas, deixando-nos à deriva - alheios à realidade que nos cerca. Obviamente, não se pode negar que, para muitos, esse estágio de abdução a que nos submetemos é extremamente salutar, tornando-se, inclusive, prazeroso.
A vida nos proporciona vários matizes, e saber conviver com essa diversidade é entender o mundo e as pessoas como um caleidoscópio, girando ao nosso redor e à nossa vista - constantemente. Será desinteressante julgar que determinadas cores não devam fazer parte do vitral que se afigura na mente de cada um de nós. Na verdade, compomos - com essa pluralidade - um objeto diferenciado de contemplação cósmica; somos um espetáculo universal.
Queremos ver bem; gostaríamos de ver mais e melhor. A visão além da capacidade de olhar; poder sentir - adquirir a percepção das águias, dos linces e das corujas, requer habilidade, serenidade e sabedoria, já que esses animais parecem tê-las quando se põem em ação. Eu diria que é aquele aprendizado comum às boas lições sugeridas pelo privilégio de viver.
Imagino que, se somos observados cosmicamente, alguém deve esperar de nós reações que jamais tivemos ou esboçamos, e pode haver uma torcida para que consigamos reagir positivamente em relação a esses desafios pelos quais passamos de vez em quando. Creio numa expectativa de progresso, esperado por todo aquele que nos quer bem; uma esperança de recuperação quando diante de algumas perdas, para muitos vistas como fracassos. Isso é o que tantos olhos conseguem ver, embora não o quisessem.
Mas, e você? Está tendo visão além do alcance?
Somos convidados a ampliar nossa destreza em ver as coisas, as pessoas, a vida. E esse convite não deve ser rejeitado, pois dele dependem algumas atitudes em prol de melhorias pra muita gente. Há um contingente de pessoas  esperando que alguém enxergue mais, veja melhor, perceba necessidades e lute por supri-las.
São tantas coisas que esquecemos de ver e nem sabemos contar; enquanto tantos só queriam que nos lembrássemos de fazê-lo, e nos desprendêssemos de nossas amarras - tirando a venda de nossos olhos para podermos lançar sobre o mundo um olhar mais atento, sem deixarmos que os reais sentimentos nas relações humanas sejam apenas temas de folhetins.
Gostaria de conviver com mais nobreza de espírito, mais verdade no sentimento, menos hipocrisia; mas meus olhos já não podem ver...

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Quando eu calar a minha voz...

Não esqueça meus apelos;
Não abandone meus desejos;
Não estacione meus sonhos...
Tente esquecer meus erros;
Lembre-se então, dos meus beijos
E apague os dias tristonhos.
Mas, se minha voz não for mais ouvida,
Se o silêncio calar-me o ser,
Vou querer uma chance atrevida
De, dentro em ti, poder reviver.
Não permita que minhas palavras
Fiquem perdidas no reino da inedição;
Quero que se enriqueçam as lavras
E todas as minas de um coração.
Não quero que meu silêncio me deixe mudo,
E não gostaria que o melhor de mim
Ficasse esquecido, mas, sobretudo,
Tivesse começo e não tivesse fim.
Aquilo que hoje me cala
É, talvez, o que mais te fala;
Sou silêncio quando a voz é demais;
Sou a voz quando o silêncio já não satisfaz.
Quero que minhas palavras sejam o perfume da flor silenciosa
Ou até os espinhos sombreados pela rosa;
Quero que minha palavra seja doce como o mel
E que produza o néctar, espargindo-se no céu.
Mas, se o silêncio calar a minha voz,
"Por favor, entenda!"

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Um dia vestido...

Ouvi alguém dizer que existe a terapia das lembranças felizes; achei interessante saber da existência de uma maneira tão criativa de conservar na memória nossos melhores momentos p'ra nos sentirmos bem. Sempre que não estou tão "pra cima", também gosto de aderir a essa estratégia. Sinto-me vencedor de novo só em relembrar que já fui vitorioso noutros desafios que a vida me propôs. Reenergizo-me e fico pronto para novas batalhas! Mas, se considerarmos cada dia como um degrau a ser alcançado, diremos que vamos querer sempre chegar mais além; somos - nesse aspecto - insaciáveis.
Hoje é um dia especial. Estamos muito vivos nele e precisamos torná-lo importante, por tudo o que ele representa: as dádivas da mãe-Natureza, a doce companhia dos bons amigos, o lastro da família, a expressão de carinho de um Amor próximo ou ainda distante pelas circunstâncias; enfim... um grande dia!!!
Bom de ser lembrado, comemorado, celebrado até; mesmo que discretamente na lembrança de nossas memórias.
É muito mais que um período de 24 horas, é um tempo, não simplesmente para existirmos, mas - sobretudo - para vivermos a delícia da vida em sintonia com o processo de felicidade que se instaura quando a buscamos intensamente. E quando já não for possível ampliar a extensão do sonho, já teremos vivido tantos outros que esse nem nos fará falta, pois a vergonha de sermos felizes nem sombra nos fará. Seremos reconhecidos como eternos aprendizes por meio de experiências e recordações maravilhosas.
Não espero que hoje seja um dia nu; mas que seja um dia vestido de saudades vivas que está para ressuscitar, até porque quando a gente tenta de toda maneira dele se guardar, sentimento ilhado, morto e amordaçado volta, felizmente, a incomodar!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Hoje eu canto muito mais...

Acertar a melodia
Em harmonia com a  letra
Requer inspiração;
Não é obra do acaso,
Embora ele também seja um bom parceiro.
Às vezes, até durante o dia inteiro,
Busca-se o toque final...
Se as palavras parecem poucas
Ou se o ritmo é triste,
Buscamos sugestões loucas
P'ra ver se a canção resiste;
E, não é assim na vida de todos nós?
Vivemos desatando nós!
Livrando-nos de maus laços;
Criando novos laços para não ficarmos lassos!
Sem embaraços...
Estamos em busca de um tom
Bom...
Tão bom quanto o som;
Além disso,
Com o compromisso
De não ser omisso...
E cada canto
Em cada canto
Com encanto
Parece tanto,
Que eu canto
Muito mais!

P'ra todo mundo ouvir...

Não!
Sufocar os apelos da alma, jamais!!
Explode, coração!!!
É a partir do caos que tudo se reconstrói;
Quando algo extraordinário está para acontecer,
A Natureza conspira a favor, inevitavelmente...
O estrondoso ruído como reação lembra desejos reprimidos que não suportaram mais a repressão;
As partículas de matérias que se espalharam no espaço sugerem a expansão do ser que se oferece
E a formação de novos corpos faz-se surgir diante de tanta ebulição de energia!
Mas, se o processo parece irreversível, é melhor tentar e experimentar a mudança, o novo...
Há momentos em que ficamos à merce do destino,
E ele nos comanda, a despeito de qualquer coisa contrária.
As grandes decisões na vida são, normalmente, ousadas.
É assim nos desafios acadêmicos,
É assim nos investimentos profissionais,
É assim no amor...
Nossa voz é nosso estrondo
Você se torna espetáculo para o mundo:
Todos esperam que você aja e...
Haja coração!
O corpo e a mente entram em ligeiro conflito, embora ambos queiram a mesma coisa: a felicidade.
Procuram-se motivos para não agir;
É o querer amar só com o barulho do silêncio,
Pensando: só os sussurros nos bastam!
Melhor, só o prazer!
Sentimentos ressurgem novos com a intensidade nunca vivida...
E é aí, nesse instante,
Que alguns gritam
P'ra todo mundo ouvir! 

domingo, 14 de fevereiro de 2010

A vida vem em ondas...

Por mais pacata que seja a rotina de alguém, convive-se com algumas "marolinhas". Na realidade, essas oscilações ou instabilidades que a vida nos oferece contribuem para o próprio crescimento diante dos desafios, em geral, inevitáveis. Nesse diapasão, aprendemos a enfrentar o embate das ondas, já que - depois de lançados ao mar - resta-nos seguir ao porto-seguro.
Cada vez mais, a necessidade de confiar na existência de uma rota mais segura se faz presente, principalmente quando o oceano se agiganta à nossa vista. Sentimo-nos bem pequenininhos; parece até que nossa embarcação, por mais real que seja, é uma coisa perdida e inexistente. E, nessa hora, imagino a participação de cada um de nós nesse cenário imensurável; ou seja, o que estamos fazendo aqui? Será apenas uma vidinha inexpressiva p'ra termos - de modo acanhado - uma existência sobre a Terra? Sem refletirmos nos outros e para nós mesmos, ousadamente, a intensidade com a qual fomos convidados a viver?
Ao pensar no enfrentamento das ondas da vida, o conceito de Felicidade, tão repensado pela humanidade, chega-me - agora - como o usufruto de cada momento feliz, eternizado, bem vivido, ímpar, memorável, (...) e sem a necessidade obrigatória de formar um conjunto de instantes assim; mas tão-somente sendo um tempo de plenitude, cheio de vida e que nos faça viver de modo irremediavelmente feliz, a despeito de qualquer turbulência de percurso.
Esse misto de reflexões produz em nós a convicção da efemeridade de nossa passagem por aqui, o que nos leva a crer na necessidade de não passar pela vida sem viver. Às vezes, no rebuliço do mundo e no vai-e-vem do cotidiano, é preciso tomar tempo, é bom parar um pouco e deixar que fale o coração; ainda que seja um monólogo! E, certamente, entenderemos um propósito maior para essas coincidências incompreendidas durante um tempo e, só depois, vistas como providências.
Talvez, essa compreensão nos ajude a ver o porto e chegar a ele, em segurança. Mas, também pode ser que essas ondas, hoje pequenas, se transformem em tsunamis e nos arrastem a outras plagas; ainda assim, embora isso tudo possa acontecer, teremos sido testemunhas [vivas] do maior espetáculo da Terra, que é a luta pela vida - a vida de verdade, plena, intensa, selvagem, dócil e bela - e, por mais que essa vida venha em ondas, num indo-e-vindo infinito, sabemos que isso passa, tudo passará... aí, será a hora de ancorar. 

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Solto a voz...

Silenciar pra quê?
O estrondoso big-bang foi a voz do Universo anunciando o novo que surgia
Ruidosamente!
O caos espacial era o recomeço de toda energia cósmica
Que, na verdade, se expandia em forma de espetáculo!
A palavra,
O som,
O ruído,
Tudo é atitude quando busca uma direção.
Se o foco é o amor,
A voz,
O olhar,
O gesto...
Marcam os momentos, e
Quando se quer amar de novo,
Sensações antigas parecem novas e o inverso também se faz acontecer;
Questiona-se: e se não der?
Melhor não sofrer e...
Vamos seguindo pela vida,
Fugindo das culpas que nunca foram; são só desculpas;
O que se quer é viver!
A despeito das pedras,
Prosseguindo, nos desencontros e
Ao encontro de respostas
De quem já ouviu propostas
Mas não pôde responder.
E, se o sentimento não pode calar,
Quando ouço esses sons,
Já não sonho, hoje faço
Do meu braço o meu viver
E solto a voz nas estradas,
Já não quero parar...

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Às vezes, no silêncio da noite, eu...

Viver é realmente um privilégio!
Não importa se é o calor dos trópicos que nos atormenta;
Ou o frio dos polos que que nos invade a alma.
Estamos vivos!
E, talvez, por isso, queiramos sempre mais.
É assim: a paixão confere-nos o paradoxal estágio dos extremos opostos;
Mas, resistimos querendo, querendo e querendo...
Nossos planos, mesmo frustrados por questões alheias a nós, intensificam a vontade da busca;
O querer a caminho do realizar, a despeito das pedras, só provoca o desejo de chegar!
Quando o ponto de chegada é um coração,
E os batimentos cardíacos ficam acelerados,
É porque já estamos rendidos ao sentimento e,
Por mais que queiramos disfarçá-lo,
Já não há como fazê-lo!
Flagrados pela sensação de pensar na pessoa amada,
Constantemente,
Atrevidamente...
Os momentos se intensificam à procura da alma gêmea;
A ansiedade de viver
Plenamente,
Intensamente...
Convida-nos a gostar da vida
Gélida ou
Caliente;
Desde que seja só
A gente...
E, assim, às vezes,
No silêncio da noite,
Eu fico...
Ah!
Como fico...

Ps. (Texto dedicado aos que - ainda - imaginam a companhia do amor)

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Se você vier...

Vivemos cercados por convites de toda forma para investirmos ou participarmos de empreendimentos nos mais diversos ramos de negócios. E, nessa enxurrada de oportunidades que nos aparecem, em algum apelo deixaremos alguém sorrindo de satisfação; enquanto outros terão que esperar. Vendo a vida sob esse olhar, diríamos que será muito difícil atender completamente a todos; quer seja no plano da razão, quer seja no plano do coração.
Aí, nessa dimensão, quando o racional se sobrepõe ao emocional, os desejos mais incontroláveis são implacavelmente sufocados - deixando os mais prazerosos sonhos à mercê de um tempo que, talvez, nunca se faça presente; e, quando a emoção é posta acima da razão, ficamos "fora de controle", as rédeas da vida saem de nossas mãos, não respondemos pelas ações e, normalmente, muita coisa acontece em um prazo menor de tempo porque algumas etapas foram suprimidas em detrimento de um planejamento que parecia ser o melhor p'ra cada um.
Nisso, cria-se o impasse: cederemos à razão e sacrificaremos as aventuras, os sonhos, as ousadias em forma de desafios? Ou quedaremos diante da emoção de viver plenamente, arriscando a cada instante toda uma estrutura que julgamos ideal, sem nos preocuparmos com sentimentos de culpa, remorsos, angústias, pois - ao final de tudo - valerá dizer: o importante é que emoções eu vivi?
Viver cada momento como se fora o último é uma "filosofia" repleta de riscos, os quais muita gente está disposta a pagar; ou seja, se é p'ra viver, que seja intensamente! Nessa linha, o foco da existência se concentra em não ter a vergonha de ser feliz; e, se tiver que se arrepender, que seja do que não fez! Sempre lembrando aquela sequência de frases: Devia ter amado mais, ter chorado mais, ter visto o sol nascer (...). Quantas vezes você, quando ouve essa canção, já não disse isso diante do espelho, talvez até chorando de arrependimento? E o pior é que depois que o tempo passa, envelhecemos, e muito dificilmente a oportunidade do "sonho" volta outra vez!
Então, vale a pena ponderar sobre as promessas de sol, de chuva, pois em um dia branco, se branco ele for, havendo disposição p'ro que der e vier, tudo pode acontecer, se você quiser, se você vier...

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Quero falar de uma coisa...

Sei que muitas vezes temos vontade de nada dizer e, por isso mesmo, fazemos do silêncio a nossa mensagem. É claro, encontrar alguém que nos ouça  e nos entenda nem sempre é fácil, já que a interação pressupõe reciprocidade; e não é todo mundo que se dispõe a "perder" tempo com quem enfrenta problemas. É possível que você já tenha vivenciado situações semelhantes, como parecer ser um eterno terapeuta das emoções alheias, não?
Tenho certeza de que você também tem seus períodos de ansiedade, buscas, desafios, ilusões e deve ter procurado ombros e colos, e pode ser que nada tenha encontrado ou recebido além de "tapinhas nas costas" ou uma "passada de mão na cabeça", como que parecessem dizer: - Não faça drama!
Acredito que não era isso que você esperava, não é mesmo? Queria alguém que lhe ouvisse, prestasse atenção ao seu momento e, quem sabe, oferecesse soluções e horizontes de saídas diante do desafio. Mas, na maioria das vezes, seus amigos estão muito ocupados para lhe dar atenção, e você não gosta de atrapalhar a vida deles, prefere, então, calar e nem mesmo consultá-los para uma ajuda "básica", [imagino a situação].
Há algumas respostas plausíveis diante de nós, mas - simplesmente - cremos que não se encaixam com nossas perguntas; buscamos eco no vazio da vida e nossas questões se multiplicam na repetição de nossa própria solidão e angústia. Até encontrarmos quem se curve para ouvir-nos, já teremos sofrido bastante! Gosto, por conta disso tudo, de não me demorar contemplando ou supervalorizando o problema; prefiro partir para o embate, e - às vezes - sofro muito por causa dessa ousadia quixotesca!
Penso que não se deve transformar os amigos em cabides de nossas frustrações; e quanto mais reflito sobre o comportamento humano, mais creio que a passividade ou expectativa letárgica a que muitos se submetem só contribuem para o aumento do grupo de pessoas inoperantes, vazias e candidatas ao fracasso.
Por isso, quero falar de uma coisa:  Permita-se à coragem de desafiar-se; resgate o seu entusiasmo diante de suas lutas; ouse dizer o que pensa às pessoas que precisam ouvir; transforme-se num caçador, e não em eterna caça!!!
E, quanto aos sonhos, acredite que pode realizá-los; jamais permita que a alegria de viver seja vencida por um momento triste, pois não devemos colecionar obstáculos, mas construir pontes.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

O côncavo e o convexo...

Somos formas geométricas,
Encaixados num grande quebra-cabeça;
Nas intenções milimétricas,
Não esqueça:
Temos atitudes elétricas
P'ra que nada pereça;
Curvas que se encaixam
Por incrível que pareça:
Quando corpos se abraçam
Nos sutis gestos que façam
De uma forma perfeita.
Esse encontro total
é o côncavo e o convexo
numa coincidência ideal
como na melhor receita!

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Ando devagar porque...

A vida tem se apresentado frenética. O ritmo que a vontade de ser feliz impõe às pessoas sugere que a pressa se torne normal. Queremos tudo mais rápido, temendo não ter sequer o pouco a que supomos ter direito. Corremos, lutamos, chegamos... e se formos os primeiros, melhor ainda! É a ansiedade diante do frenesi que é a vida.
Nas relações pessoais, quando somos movidos pela paixão, todo o processo ganha uma velocidade peculiar a esse estágio do coração. O pulsar mais forte e suas consequências imprimem ao ser a sensação de que não podemos perder mais tempo algum; ou seja, não se pode mais deixar "tanta vida p'ra depois". É assim, se pudéssemos, imporíamos que o tempo do amor fosse regulado apenas por quem ama.
A despeito de tudo isso, vamos aprendendo a cadência dos fatos, os passos que precisamos dar em busca do que sonhamos, sim... permitindo-nos.
Nossa forma de reagir, no entanto, varia com a própria experiência de enfrentarmos situações semelhantes; diria que é uma fase de eficiência, aprendizados em sequência, cuja finalidade é a eficácia, a felicidade [plena]. Entender esse conjunto de coisas nesta vida não é fácil, pode crer!
Precisamos, na verdade, criar um ritmo particular e convidar quem se proponha a fazer a mesma caminhada, no mesmo compasso; sem olhar para trás, tendo um horizonte de expectativa onde a vista quase não alcance. Decerto o futuro será mais promissor para quem soube prepará-lo ou se preparou para ele; isso não é obra do acaso.
Se ainda há pedras no caminho, você deve retirar; não é assim que diz a canção?
E, se houver pressa, pode ser que alguém tropece e se arranhe...
Quando penso, então, nas imagens de quedas minhas ou de outros, fortaleço o princípio de que é importante cultivar a prudência em cada ação, transformando-a em atitude e, para mim mesmo, digo: Ando devagar porque já tive pressa...

Das lembranças que eu trago na vida...

Que a vida é curta, ninguém quer discutir!
"Todos admitem e .com.br"
Agora, o que fazer com as lembranças mais significativas?
Esquecê-las?
Jamais!!!
Se reunirmos nossos momentos felizes, poderemos dar-lhes o nome de FELICIDADE!?
Então, comece a fazer isso neste momento:
Pense na sua infância, de preferência, nas conquistas próprias de uma criança;
Indo à escola, sob a proteção dos pais,
Sendo deixada e esperada com carinho,
Aquela fase em que tudo é maravilhoso, já que a responsabilidade é terceirizada;
Pense na adolescência, claro, sem seus estresses - por favor!
O primeiro beijo,
As estreias em muitas áreas da vida social, colegial, esportiva, sexual...
Viver paixões, loucas paixões...
Vitórias e aprendizados...
Pense na responsabilidade da fase adulta:
As expectativas de que tudo deve dar certo - só porque você cresceu;
Tempo de valorizar o lado profissional,
Buscar a estabilidade,
Pensar em conclusões para sequenciar reinícios...
Fundamentar o amor,
Desenvolvê-lo em companhia,
Concentrar-se no futuro que se faz presente muito instantaneamente!
E tudo passa tão depressa até que chega um outro tempo...
E aí, começam as lembranças...
O que devia ter sido feito e não foi;
As conquistas adiadas por falta de coragem;
Os sonhos que nunca passaram de ilusão por que lhes faltou ação;
A lágrima perdida que nunca foi vista por quem deveria vê-la;
O sorriso espontâneo que foi sufocado pelas convenções sociais ou morais;
A palavra de apoio que ficou entalada na garganta e nos fez conhecer o remorso;
A mão estendida para negar, quando se esperava solidariedade...
O amor que se foi porque não encontrou morada...
É...
Das lembranças que eu trago na vida,
Você é a saudade que eu gosto de ter...

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Amigo é coisa...

Que conceito caberia bem a quem se esvazia para encher o outro?
Qual a dimensão do esforço humano para ver alguém feliz?
Quantos episódios devem ser vividos a fim de que se comprove o amor da amizade?
Por que não chamamos logo amigos de amantes?
"Diamantes"!!! [rsrs...]
Quando é que se pode fazer, de fato, essa diferença?
Pra que negar a intensidade de uma amizade, a despeito de seus interesses comuns?
De que adianta ser amigo sem qualquer tipo de doação?
Como você conseguiria viver sem um ombro ou um colo de outrem?
Com quem você imagina compartilhar seus segredos, com o espelho?
Onde você guarda as pessoas que se doam por você?
Seria ... no lado esquerdo do peito?
Você consegue definir o indefinível que é ser um amigo?
Talvez, a palavra mais próxima, mais abrangente e,
ao mesmo tempo, mais paradoxalmente restrita seja:
COISA.
Estende-se do nada ao tudo;
Do vazio ao que há de mais completo;
Perde-se no tempo, mas encontra-se no espaço de nossas liberdades de escolha;
Chega a ser a ausência mais presente!
Guardar um amigo debaixo de sete chaves
talvez o privasse de ser amigo de outros;
não sufoquemos nossos amigos na estufa de nosso calor [humano].
Deixemos que a livre escolha que nos tornou família
permita-nos a eternidade dessa partilha.
E, como não encontrei melhor palavra para definir "amigo",
admito: Amigo é coisa...

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Quem um dia irá dizer que existe razão...

Há cada ano que passa, convenço-me de que todos somos semelhantes às borboletas: passamos pela fase do rastejamento próprio das lagartas; buscamos sair dos casulos a que, naturalmente, nos submetemos; sonhamos com a liberdade a todo tempo; somos frágeis e nos deixamos, às vezes, nos levar pelo vento - à mercê de suas direções.
Pode ser que em nossos voos, corramos os riscos ameaçadores dos que colecionam belezas aladas; ou mesmo tenhamos de alçar as alturas para nos livrarmos de quem não sabe voar. É a lei da sobrevivência. A candura desses singulares seres e sua curta passagem pela Terra convida-nos a refletir quanto ao papel que precisamos cumprir diante dos outros, mesmo que seja apenas de encantá-los com o que houver de mais simples em nós. Isso pode ser visto até como uma missão.
Oferecemos ao mundo a metamorfose que é de poucos; e, talvez seja um dos maiores exemplos de transformação em toda a natureza animal. Essa capacidade - ou privilégio - de passar de rastejante a voador é algo fantástico!
Creio que surpreendemos o mundo com nossas mudanças. Experimentar o novo, quando muitos só nos veem sob o velho olhar, é uma ousadia prazerosa; ainda que temamos possíveis fracassos. Mas, o que é uma derrota, senão o adiamento de uma grande vitória? Considerando-se esse prisma de abordagem, nossas similitudes com as dóceis criaturinhas com asas coloridas rendem-nos a certeza de que podemos sim deslumbrar até os mais céticos.
E, se essa símile parece absurda, quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer que não existe razão?

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

E por falar em saudade...

Já que me achaste...

Saudade
Saudad
Sauda
Saud
Sau
Sa
S

E se fores pra longe...

S
Sa
Sau
Saud
Sauda
Saudad
Saudade


Ps. (Meu concretismo não se deixa fugir à insensibilidade dos que não sentem as ausências).

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

O novo sempre vem!

Se não fôssemos tão inventivos, talvez fosse preciso que nos reinventassem para que cumpríssemos o verdadeiro perfil humano: o poder de adaptação a tudo. Queremos ver nossos projetos dando certo, mas - às vezes - nos esquecemos de que não basta querer; é importante ter atitude. Há um sem-número de pessoas apenas querendo, sem canalizar esforços aos reais objetivos a que se propõem.
Quando resolvemos aceitar desafios, não nos basta aceitá-los; temos que encará-los, mesmo que isso nos custe mais do que planejamos. Estou cercado de aventureiros, sonhadores, idealistas e tantos que apostam muito no futuro; mas não investem no presente. E o tempo vai passando, implacavelmente, levando consigo as aventuras, os sonhos e até os ideais porque não passavam disso na realidade!
O que você arquitetou para este ano ainda está na prancheta da vida? Nada saiu do papel que é vegetal, e você é quem está vegetando? Ah! (...) Faça-me o favor, projete-se para viver, mas viver em plenitude, com a audácia dos que sabem do legado de coragem que precisam deixar para as gerações vindouras!
Entendo que ser espetáculo para o mundo é um tanto delicado; requer talento. Mas, não somos convidados p'ra encenarmos como figurantes; nesta vida, precisamos ser protagonistas de nosso destino; ter nosso papel bem definido no cenário de nossa existência. E você já imaginou faltar ao próprio show? Seria demais, não?
Recrie-se, valorize essa imagem que você vive retocando diante do espelho! Ensaie uma nova investida, não desanime dessa vez, pois agora pode dar certo! Você quer, você precisa e seria desinteligente pensar em desistir sem sequer tentar.
Você pode até pensar q'eu estou por fora, ou então q'eu estou inventando (...) mas é você que ama o passado e que não vê que o novo sempre vem!

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Será só imaginação?

Quero ver-te mais de perto,
sentir-te.
Penso que estás aqui,
te sinto...
Será
só imaginação?

domingo, 31 de janeiro de 2010

Se todos fossem iguais a você, (...)

A natureza é multicor. Seus matizes insinuam uma diversidade que foge à monotonia a que muitos se submetem. Compreender essa pluralidade pode permitir-nos uma melhor visão de como devem ser as pessoas e de que modo podemos aceitá-las.
Somos parte de um mundo natural, em pleno movimento, em constante mutação, reprodutivamente múltiplo. O fato de convivermos com tantos elementos díspares induz-nos a uma concepção de que a maravilha da vida não está na igualdade, mas na grande variedade de perfis que nos cercam. Todas essas diferenças que compõem nosso universo tangível contribuem para, cada vez mais, amarmos uns aos outros por serem diferentes de nós; e não por suas semelhanças conosco.
Conceber essa verdade não é fácil. Exige de cada um e de todos um nível diferenciado de percepção sobre a vida. É plausível a crescente referência à aceitação das diferenças entre as pessoas no mundo inteiro; e ficar de fora desse contexto é mais que um retrocesso; é uma estagnação. Assim, é possível ver o mundo como um avanço a partir de uma visão periférica em relação a tudo que nos cerca.
Se é inegável que a singularidade é plural, por que iríamos querer paisagens monótonas; assuntos monotemáticos; a vida sem movimentos ou pessoas sem variações?
Por isso, creio que se todos fossem iguais a você; sinceramente, não sei se seria uma maravilha viver, pois o que torna qualquer um especial é, exatamente, o fato de ninguém ser-lhe igual.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Esses moços, pobres moços...

A trajetória natural da existência humana sugere que as pessoas aprendam com tudo que lhes aconteça, considerando aquela máxima: vivendo e aprendendo. Nessa linha de raciocínio, o maior empreendimento da humanidade está em saber conjugar harmonicamente essas duas ações, no gerúndio mesmo, dando esse toque de continuidade prazerosa que a vida nos propõe. E, quando alguém atinge esse nível de compreensão, as relações entre as pessoas adquirem um patamar de civilização e evolução existencial.
Desde os primeiros passos, na fase inicial da infância, tudo o que a criança faz - por mais simples que seja - ganha status de ousadia e até de genialidade precoce. A família supervaloriza todo gesto, cada palavra, cada frase de efeito que pega qualquer um de surpresa, enfim, parece um período no qual todos devem assistir ao espetáculo e sensivelmente aplaudir a todo infante sinal prodigioso. De fato, esse estágio de nossa passagem por aqui é admirável, requer acompanhamento, valorização, respeito e esperança de que esteja bem assegurada a transição para a nova etapa da vida.
Sabe-se que esse processo de mudança no ser humano é até objeto de estudos, pois o comportamento das pessoas se altera substancialmente, o que gera a necessidade de adaptações constantes ao meio. Na adolescência, estendida cada vez mais no ciclo da vida, percebe-se um fluxo crescente de novos personagens que afloram seus estilos variados, exóticos, criativos, assustadores, misteriosos, coloridos, numa diversidade que deixa sem noção, principalmente, os mais velhos quanto ao que esteja acontecendo com essa turma nova. Até onde for a fase adolescente de cada um, é bom saber que ela refletirá as tendências e os novos conceitos no mundo.
Bem, mas chega-se ao estágio adulto da vida, tempo em que a censura, as repressões, os desgastes emocionais tornam-se comuns e insuportáveis para muitos. Acredita-se que se adquiriu tanta experiência na convivência com os outros que já se sabe tudo; não admitindo contrariedade alguma ao pensamento estabelecido, haja vista o pedestal de poder absoluto em que alguns adultos - às vezes - julgam se encontrar. E é aí que se geram os conflitos com os de outras gerações; uma queda de braço na qual o que cai mesmo é a conscientização do valor das diferenças, tão propaladas na mídia moderna.
Quem garante a segurança do roteiro escolhido? Quem pode afirmar e assegurar o fim desde o começo? Se cada fase da vida alicerça a fase seguinte, o que se deve fazer mesmo é aprender a [con]viver. Ninguém sabe tudo, somos eternos aprendizes e, até isso, é bom que todo mundo admita.
Aquele, no entanto, que enxerga a vida pelo retrovisor vai dizer soberbamente e, quiçá, com razão: -Esses moços, pobres moços; ah! ... se soubessem o que eu sei...

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Minha vida é andar...

Somos dotados, normalmente, da capacidade de locomoção; não importa o ritmo do deslocamento. Se a intenção é chegar, não havendo preocupação com a alta velocidade, todo mundo um dia atinge esse objetivo. A questão é que, na vida, uns querem, necessariamente, passar pelos outros, estar à frente, alcançar a linha de chegada antes de todos, sem considerar a legitimidade ou legalidade dos meios para esse fim.
A caminhada em nossa existência permite-nos estabelecer um compasso e uma agradável maneira de conviver com a paisagem que passa diante de nossos olhos e debaixo de nossos pés, criando em nós a sensação de bem-estar e até de felicidade. Todo esse conjunto de contemplações sugere-nos lições de vida. O que estiver estático sob o nosso olhar ou em movimento há de deixar-nos preciosos aprendizados. Nada nos passa em vão.
Dentro dessa perspectiva, não estamos falando aqui de meros movimentos físico-motores; mas de um processo de observação e assimilação à proporção que nos deslocamos, e passamos pelas coisas, pelas paisagens, pelas pessoas.
Para muitos, chegar simplesmente não é interessante; é preciso chegar primeiro. Para outros, basta o caminhar na direção certa ou que julguem ser o melhor roteiro. Há quem pense também que tudo isso é perda de tempo, pois ninguém - na verdade - chega a lugar algum. E assim, somos rodeados de diferentes perfis de caminhantes ou observadores com pensamentos vários sobre o valor das caminhadas. Cabe-nos prosseguir absorvendo o melhor de cada um.
E você, já observou para onde está indo em sua caminhada? Que lições estão sendo extraídas e aplicadas no seu modus vivendi? O que tem chamado sua atenção: as coisas, as paisagens, as pessoas?
Cheguei à conclusão de que a vida é uma caminhada na qual não há linha de chegada; ela é um roteiro cujo ritmo é estabelecido por quem dela participa; é uma oportunidade de descobrir parceiros; é uma chance de assimilar lições com o que vemos, por onde passamos e com quem convivemos.
Realmente, minha vida é andar...

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Vem, vamos embora...

O que você está esperando?
Acha que o mundo vai parar p'ra que você
amarre seus sapatos,
aperte seu cinto,
dê o nó de sua gravata?
Ou retoque sua maquiagem,
e contemple as muitas vezes que você se dirigiu ao espelho?
Não!
Absolutamente, não!
O tempo não para, pense nisso!
Uma vez, alguém me perguntou:
- O que te movimenta?
Foi difícil entender a profundidade da pergunta,
e ao longo de minha existência,
tenho tentado responder a mim mesmo e,
acho que é bom todos descobrirem seu movimento nesta vida.
Ação é tudo!
Atitude é tudo!
Esperar é quase nada!
Quem espera sempre cansa
Nada está parado;
o mundo é pleno movimento,
cada coisa no seu ritmo,
mas em transformação.
Agora mesmo,
não estamos inertes;
pois somos convidados a agir constantemente,
naturalmente...
Então...
Vem,
vamos embora,
que esperar não é saber;
quem sabe faz a hora,
agora,
pois sabe viver!

É preciso saber...

O outro nunca será você.
Então, pare de querer que o pensamento
e as atitudes alheias sejam iguais ao que você crê como certo!
Seja razoável!
Isso significa agir com a razão, viu?
Não agir assim pressupõe imprudência,
falta de equilíbrio,
e se isso acontece,
é comum a queda!
Deixe de criar tanta expectativa com as ações dos outros,
pois como diz uma canção:
os outros são os outros.
Seja você, apenas!
Admita que, por mais que haja promessas,
tudo só se cumpre por fatores vários que conspirem a seu favor;
não apenas por causa de um ou de outro.
Não fique aí esperando que a vida seja feita de ilusão,
nem pense em viver ou morrer na solidão;
é preciso ter cuidado pra mais tarde não sofrer, lembra?
Por isso,
é fundamental,
é necessário,
é preciso
saber viver!

Quero...

Já que vieste na hora exata,
dentro do que chamamos data,
quero tua risada mais gostosa,
tua alegria escandalosa,
esse teu jeito de achar
que a vida
pode ser maravilhosa!
(...)

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Não chore se eu disser...

As pessoas vivem pedindo umas às outras que sejam sinceras, mas nem sempre têm estrutura para ouvir o que muita gente tem a dizer, sinceramente. Dentro dessa perspectiva, há quem se torne um mentiroso gratuito apenas para não ferir outrem, ou - quiçá - para parecer bonzinho (alguém que fala o que se quer ouvir). É, certamente, por isso que o mundo está transbordante de gente assim, hipocritamente agradável.
Você deve conhecer pessoas que não suportam escutar a verdade, que dói; preferem a mentira, que acalenta! E é nesse contexto que se encontra a sociedade - já há muito tempo - sem intimidade com a autenticidade das palavras ou veracidade dos sentimentos. Sei de muitos que optam por seguir o roteiro da imparcialidade, da omissão, daqueles de "cima do muro"; sem compromisso e sem comprometimento com - absolutamente - nada!
Terei de dizer verdades; escolherei a atitude de tomar decisões e decidirei tomar atitudes; pois descobri - depois de um bom tempo - o quanto é importante assumir posições com as quais me identifico e naquelas em que acredito plenamente. Fico receoso com quem não mede o que diz ou deixa transparecer uma ideia de aceitação constante das palavras e posicionamentos alheios, sem estabelecer critérios para isso, sem se permitir a ousadia de até discordar. Acho, realmente, que quanto mais transparentes formos em relação às nossas convicções, mais selecionaremos aqueles que cogitam fazer parte de nosso círculo de amizade [verdadeira].
Então, não chore se eu disser que eu já vou; que isso não se faz ou que isso machuca o coração... porque essa é aquela verdade tão necessária neste mundo tão carente de quem diga - em tempo oportuno - o que precisamos ouvir!

domingo, 24 de janeiro de 2010

Não dá mais p'ra segurar...

Realmente, às vezes, temos vontade de sumir do mapa sem deixar recados... nem mesmo na porta da geladeira; queremos paz. Seria inútil, no entanto, reclamar da vida inteira sem tomarmos uma atitude em prol daquilo que realmente queremos ou em que, de fato, acreditamos. Viver dissimulando uma sensação de bem-estar contribui para ampliarmos o número de hipócritas e cretinos no mundo; é preciso reagir à mesmice de um comportamento medíocre de uma maioria.
Falar sobre esse tipo de verdade parece imprimir um tom de revolta ou intensa insatisfação, mas não é essa a minha perspectiva; quero apenas ter a ousadia de discordar, a coragem de não calar diante de uma hipocrisia generalizada na vida social da atualidade e ao longo da história humana.
Não sei se você já teve uma dessas vontades; creio que sim. Aquela "coisa" que parece querer explodir dentro de nós, mas só chega a esse ponto por ter sido sufocada há muito tempo e de tantas formas. E assim, suportamos desaforos, "engolimos sapos" em defesa de nosso emprego, sorrimos - ainda que amareladamente - p'ra não parecermos indiferentes; mas sofremos intimamente com isso tudo. Até quando?
São tantas coisinhas miúdas... arrasando aos poucos com o nosso ideal...
Há um tempo em que não dá mais p'ra segurar, o copo está cheio e que não dá mais pra engolir...
O princípio da expressão precisa ser exercitado; a apatia anula o ser, a omissão corrói o caráter. Fiquei pensando como é que um coração pode explodir, e - depois disso - a pessoa ficar ainda mais viva que antes. Sempre me disse: Jamais permita que a alegria de viver seja vencida por um momento triste; agora, digo a você : Alegre-se de verdade - não dissimule a felicidade; isso faz mal à alma... tira a legitimidade do sentimento!
Quando estiver indignado, indigne-se [sem os escândalos dos inoperantes] com a força de seu ideal em busca de valores maiores; seja nobre!
Chore, se necessário, com a sinceridade dos humildes e de modo que justifique a pureza de suas lágrimas.
E quando não der mais p'ra segurar, você saberá o que fazer com o seu coração.
(...)

sábado, 23 de janeiro de 2010

... e não ter a vergonha de ser feliz!

Não é porque a felicidade é uma eterna busca que vamos acreditar na sua real inexistência, não é mesmo? Passo horas pensando em opções capazes de provar que os pessimistas estão loucamente equivocados em relação ao conceito do que é ser feliz, pois conheço alguns que se valem até de fórmulas matemáticas e teorias, as mais exóticas, e afirmam: Neste mundo, nós nascemos para sofrer!
Quero pensar na existência humana como uma sequência de oportunidades, as quais podem ser bem aproveitadas e, quando isso acontece, inevitavelmente passamos pelo portal da felicidade. Já ouvi também comentários de que, na verdade, o conjunto de momentos felizes - mesmo raros - constituem a sensação de bem-estar, alegria e satisfação... mas, será isso a felicidade? Várias migalhas espalhadas no caminho da vida, em meio a um constante sofrimento alternado por impressões de prazer, seria isso o pão nosso de cada dia?
Aconselho-me a não acreditar nisso!
É bem verdade que apanhamos logo ao nascermos; choramos ... e muitos riem, até creem que isso é importante para a vida; e durante um bom tempo, dependemos de muita gente para garantirmos nossa sobrevivência... é uma árdua maratona!!!
Prefiro aceitar a felicidade como um desafio, constante sim, mas possível! Quero apostar na possibilidade de ser feliz, mesmo que eu precise aprender ou assimilar essa verdade, esse processo, essa busca, essa conquista!
Não me entregarei ao desengano; fortalecerei minhas convicções a respeito dos sonhos, das metas, dos objetivos, de cada passo em busca do que quero. Não pretendo sofrer, mas se isso me ajudar nessa jornada, sofrerei - não pelo prazer do sofrimento - mas, compreendendo que ele já é parte da minha felicidade; sem rancores, sem angústias, sem dores... apenas abrindo caminho para dias melhores, acreditando que não existe escuridão tão profunda que impeça o amanhecer. E, por experiência própria, corajosamente, quero poder viver e dizer que não tenho a vergonha de ser feliz!

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Um olhar, uma luz...

Há uma estação do ano que me encanta, pode crer; parece o fim de tudo, mas é um recomeço impressionante - chega até a ser vista como um período triste, bucólico ou sombrio. Vejo-a, porém, sob um prisma diferente, talvez, de muitos.
Gosto do cenário de folhas ressequidas espalhadas pela ação do vento; a sensação de que um caos de estabeleceu, mas não como tragédia, e sim passagem, transição...
Se a primavera enche-nos os olhos de um colorido; se o verão aquece e seca a Terra com seu calor, às vezes, aterrador; e se o inverno resfria a alma, o tempo, inundando implacavelmente os espaços, conforta-me pensar numa estação que me lembra a esperança, a luz sob meu olhar...
Ao contrário das muitas flores; a presença de tantas folhas...
Sem a intensidade do calor, tampouco a abundância das chuvas...
O equilíbrio...
A cor do céu ganha uns tons vangoghianos que celebram fases de esperança para a própria natureza; é como que alguém estivesse dizendo: -Ainda há uma chance!
É assim, nesse arcabouço de elementos naturais, repletos de imagens, que concebo o outono.
(...)

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Ó metade de mim...

Ó parte, que há tempos foste minha,
Reencontra-me e retoma o que é teu;
Ficaste tanto tempo sozinha,
Sendo apenas tu, e aqui somente eu.

Realiza em mim o sentido da vida
Com teu sonho de seres plenamente fêmea;
És minha metade outrora perdida,
Resgatada agora, és minh'alma gêmea!

E no limitado cosmos do amor,
Já somos todo; não apenas parte.
Mesmo que a ausência inda nos seja dor,

Pois os fios invisíveis me permitem amar-te.
Saio do porão (...) hoje sou caçador:
É temporada de caça (...) vou devorar-te!


(Extraído do meu livro ADÂMICO)

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Eu não sei dizer...

Até gostaria,
mas não sei dizer.
E,
claro,
não vou incomodar você
com meu silêncio;
tampouco
com o que nem sei dizer.
Só sei que penso,
e o que quer que eu diga
você não vai entender,
mas...
não digo,
não faço,
não sei por que...
prossigo,
desfaço,
à espera de abrigo,
só consigo dizer
e digo:
Quero espaço!

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Meu cachorro me sorriu latindo...

A primeira vez que ouvi na canção do Roberto Carlos que seu cachorro sorriu, sorri. Pensei, confesso, inicialmente, em um cãozinho mostrando os dentes sem agressividade, como fazem os chimpanzés; mas - como fui criador de cães durante um bom tempo - aprendi bem que um cachorro pode dar até "boas gargalhadas"!
Gosto dessa linguagem metafórica das letras musicais que, às vezes, dizem tanto sem precisar perder a simplicidade. Ser simples é fundamental! A expressividade convida-nos à singeleza, ao significativo sem a necessidade de espalhafatos; simplesmente é simples!
Com o tempo, a gente descobre que há várias maneiras de dizer aos outros como estamos ou o que sentimos. Felizes os cães que permanecem com cauda; felizes as pessoas que conservam o sorriso aberto e sincero, sem tons amarelos; e saber cuidar dessa ferramenta é fator fundamental para a conquista de muitos sonhos, inclusive a do amor verdadeiro. Mas, que ligação há entre a expressão de alegria dos cães e a nossa forma de dizer que estamos felizes?
Como é que você está propagando sua felicidade?
Pense nisso!!!
Sorria!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Eu não posso mais ficar aqui...

Cansei!
uma palavra que me devora,
justamente aquela
que meu coração não diz!
Quero palavras;
já não suporto a espera!
Passei tanto tempo buscando,
nada achei;
Serei feliz?
Tenho que ir,
preciso andar...
e, preciso acabar logo com isso!
Espero as palavras;
só me vêm imagens...
E o meu compromisso?
Eu não posso mais ficar aqui
a esperar...
Cansei!

domingo, 17 de janeiro de 2010

O Haiti é aqui...

O mundo é uma aldeia global. As necessidades de uns passaram a ser ou sempre foram de todos em qualquer parte do planeta. Cada descoberta no plano científico pode se transformar numa conquista ou na mais temível ameaça à humanidade. A expectativa de vida dos habitantes da Terra está diretamente ligada ao que estamos fazendo com o lugar onde moramos. Isso tudo é, incontestavelmente, uma verdade; às vezes angustiante ou muito alentadora.
Ao longo de nossa história, como país em desenvolvimento, temos convivido com oscilações no aspecto econômico, social, político e, felizmente, não vínhamos sofremos tanto com os desastres ou catástrofes naturais; no entanto, em anos recentes, a situação parece estar fora de controle e a perplexidade diante das questões climáticas, pluviométricas - principalmente - tem deixado o Brasil assustado com seus efeitos sobre algumas áreas de risco ou não, necessariamente; já que alguns grandes centros urbanos também sofrem bastante com esses cataclismos.
Estamos todos sujeitos às intempéries e aos "caprichos" da natureza; e, por isso mesmo, precisamos cuidar dela para que não sejamos tragados de surpresa como que não tivéssemos nada a ver com essas calamidades. Temos uma responsabilidade com o meio ambiente, ou pelo menos deveríamos assumir que somos diretamente responsáveis por ele; não adianta fugir nem fingir, nem mentir pra si mesmo(...) Cada um de nós fica olhando um para o outro quando deveríamos olhar para o futuro que estamos construindo, ou seria destruindo, para nós mesmos. Estamos em alerta! Queremos muito; fazemos pouco! Precisamos agir agora!
Nossa pobreza na economia torna-se pequena diante da miséria ou cegueira administrativa, no que tange aos cuidados de proteção com nosso povo, pois é paradoxal admitirmos crescimento econômico e um atraso absurdo nas ações básicas para a existência com qualidade de vida.
Os vulcões adormecidos de nosso país, os abalos sísmicos sutis que já nos deixam trêmulos, as chuvas que caem torrencialmente, os furacões que atravessam oceanos e atingem nossas encostas, o sol que se aquece tornando-se algoz no período de seca, as queimadas que apagam o verde minguante de nossas matas, entre outras situações de desespero dos quadrantes brasileiros fazem-nos crer na solidariedade necessária a todos, pois - a despeito dos nossos progressos em vários âmbitos, como um país que cresce, não nos esqueçamos também de que, inexoravelmente, o Haiti é aqui.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Não deixe tanta vida p'ra...

Quando ouvimos alguém dizer que está aproveitando a vida, é frequente associarmos o "aproveitar" a alguns hábitos ou ações nem sempre saudáveis, infelizmente. Em contrapartida, claro, há quem entenda por bom aproveitamento da vida, como uma boa viagem a lugares paradisíacos ou tecnologicamente avançados; encontros com os amigos - as chamadas tertúlias, [essa é do fundo do baú], enfim, atitudes que promovam o bem-estar e a sensação de felicidade. Às vezes, encontramos até pessoas cujo individualismo é tão exacerbado a ponto de levá-las ao isolamento social, e chamarem a isso de curtir a vida; será que elas estão com a razão?
É, mas, e a vida? E a vida o que é? [já ouviu isso, hein?]
Fico aqui pensando em encontrar uma definição, um conceito (...), mas não é fácil! Será uma doce ilusão? A batida de um coração? O que será que será?
Seja o que for deve ser bem aproveitada, bem vivida.
Considerando a existência humana como um projeto, creio na necessidade de um planejamento estratégico; com metas, objetivos gerais e específicos, metodologias, recursos para a obtenção dos alvos estabelecidos, avaliações (...), tudo visando ao sucesso do empreendimento que é viver.
Acontece que alguns de nós vão adiando tanta coisa legal e interessante na vida, e quando despertam para o melhor de nossa passagem por aqui, já não têm mais a mesma energia e o mesmo entusiasmo de outrora, provocando em si o afastamento destruidor da mais completa felicidade, caindo na amargura da solidão. Triste isso, não?
Mas, o que você está fazendo com a sua vida? Uma oportunidade de ser feliz?
Bem, hoje fiquei pensando em dizer: Como vai você? Eu preciso saber da sua vida (...) Mas, principalmente em pedir: Não deixe tanta vida p'ra depois!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Ali, onde eu chorei...

Por vezes, somos levados, por algumas circunstâncias, a crer no caos irreversível ou a pensar que o fundo do poço não tem saída. Sinceramente, que pensamento infeliz!!!
Acostumar-se com o ritmo da existência humana, entender suas oscilações, acreditar na alternância das possibilidades é o "barato da vida"! É admitindo essa realidade que passamos a valorizar cada situação vivenciada, na certeza de que nada é para sempre, por melhor ou pior que seja.
Quando alguém demora a perceber essa verdade, é comum que se torne uma pessoa amarga, rabugenta e infeliz, pois não consegue encontrar felicidade em quase nada; reclamando de tudo e de todos, gera em torno de si, uma atmosfera densa e sombria - perto da qual tudo é negativo.
Não sei se você já conversou com pessoas que apresentam a vida como um fardo, e não como um prazer; certamente já. Cá p'ra nós, você gosta de passar muito tempo com esse tipo de perfil humano? É barra, não?
Há poucos anos, passei por uma dessas oscilações da vida, momento em que a gente descobre os amigos, entende "né?" Aí, você começa a encontrar pessoas que já vêm com pedras na mão para tornar sua dor mais dolorosa; ou encontra aqueles que estendem a mão aberta em forma de ajuda significativa. Lidar com isso é tarefa árdua, requer destreza na arte de viver.
Considerando-se que o dia oferece-nos tantas variações, não deveríamos estranhar o sol, a chuva, a lua, a luz, a escuridão, os vales e as montanhas; assim também a alegria, a tristeza, a paz, a guerra, o silêncio, o barulho (...) enfim, aprender a viver, com a convicção de que viver é difícil, viver é perigoso, certos de que sobrevivemos a cada instante.
Quanto ao chorar, é bom tirar proveito das lágrimas; que elas não representem desespero, mas o reflexo do momento vivido, na esperança de dias melhores, pela via da honestidade, da retidão de caráter, do trabalho digno e inteligente, enfim, daquela disposição em andar a milha a mais. E quem já não chorou, por perdas, tristezas, desespero ou tédio? Mas, certamente, também já deixamos nosso rosto marcado pelo encontro entre a lágrima e a felicidade, a alegria, a conquista, a realização, não é mesmo?
Quando for preciso, chore; mas não se negue também às gargalhadas p'ra que você chore de rir. Guarde esses momentos, pois eles servirão de consolo e de paz em muitas outras circunstâncias da vida, sendo-lhe um bálsamo, uma inspiração.
E creia, que com essa visão da vida, viver será menos desgastante; será gratificante, a ponto de você - em momentos assim - dizer: Ali, onde eu chorei, qualquer um chorava; dar a volta por cima que eu dei, quero ver quem dava!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Se você disser que eu...

Sempre que resolvemos nos expor, por menor que seja a exposição, corremos riscos de opiniões diversas. Certamente, haverá quem nos cubra de elogios, por motivos vários - desde o medo de ser indelicado ao mais sincero reconhecimento de nosso esforço em fazer "o melhor".
É claro que esperar uma apreciação seguida de palavras elogiosas massageia o ego, mas como a hipocrisia se aproxima da mentira que, por sua vez, se reveste de falsidade e outras "coisas" afins, ficamos - via de regra - desconfiados daqueles que nos criam a rotina do sorriso fácil, sem os critérios da verdade, da ética, do respeito e da amizade em sua melhor essência.
Saber aceitar a crítica bem fundamentada em prol de um progresso pessoal, mesmo que surpreenda nossas expectativas, não é comum; requer maturidade, bom senso, humildade e a consciência de que tornar-se vitrine deixa qualquer um à mercê dos comentários alheios, bons ou maus, com nobreza de espírito ou com espírito "de porco". É o preço que se paga por não querer ficar dentro de uma ostra, mesmo sendo pérola.
Se você disser que eu não sei, que eu não posso, que eu desafino, saiba que isso já não me provoca tanta dor, porque já me sinto privilegiado em ter a sua atenção, seu cuidado, sua preocupação em que eu escute o que você me diz, pois sua intenção - embora pareça ferina - é que eu tenha um pouco de você, do seu modo de ver as coisas, do seu jeito de fazer o que faço.
Você não quer que eu me ache; mas que eu não me perca em minha vaidade de pensar que estou sempre certo. Admitir isso não é fácil, mas é saudável!
E assim, vamos seguindo: agradando a uns, e nem sempre a outros, porque é essa a vida.
Você pode colher mais progresso com a crítica do que com os elogios; então, quando alguém quebrar sua expectativa, lançando os dardos agudos da palavra que outros não tiveram coragem de proferir, não precisa fazer "bossa"; assimile... caia se for preciso, reconheça a queda; aprenda com ela, não desanime (...) mas levante-se, sacuda a poeira e dê a volta por cima!

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Eu não vou negar...

Por que eu negaria?
Negar que já disse ...
que já fiz ...
que já quis ...
que já pensei ...
Bem, eu não vou negar
que já neguei,
que já calei,
que já deixei de fazer,
que já nem quis mais,
que nem passou pela minha cabeça!
Por que, então, eu negaria?
Diante disso, resolvi declarar que,
a partir de agora,
afirmarei sempre:
Eu não vou negar!!!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Foi um rio que passou...

Você sabe, não é de hoje, que tudo passa!
Isso já passou por sua cabeça, não?
É bom mesmo que passe
porque, quando demora muito, quem fica no passado é a gente.
Veja que coisa:
Quem disse que o rio passou foi o rio Lago,
e o Lago ficou sem o rio,
justo o Mário!?
Bem, não adianta nem tentar...
porque detalhes não são apenas coisas pequenas;
podem surpreendentemente ser a lembrança de uma canção que não passa
ou, pelo menos, não sai da cabeça de muita gente.
Isso não acontece pouco; então é muito, é grande!
E assim, letras de música passam, mas ficam também!
Basta uma frase, uma palavra, um olhar, um silêncio e...
Ahaann!
Olhaí, no tempo musical a gente viaja
só cruzando os rios da memória,
permitindo que essa viagem
prossiga e que vá passando,
e que nessa passagem
a gente,
simplesmente,
não
passe.