segunda-feira, 31 de maio de 2010

O que será, que será?

Confesso e creio que não haja ciência nem mesmo filosofia
Que expliquem sentimentos acalentados dentro do coração;
Se o querer ainda pulsa  e a sensação ardente nos contagia,
É porque, certamente, encontra-se acesa a chama da paixão!

Acredito que o tempo, com sua magia, não seria sequer capaz
De apagar assim, completamente, ao que chamamos de amor;
Pois, na verdade, ele se projeta em nós, e só assim nos refaz,
Preenchendo-nos as lacunas de tudo aquilo que nos causa dor!

E se não sabemos o que será que será esse tão doce sentimento,
Que mexe conosco, que nos aperta o peito e nos faz confesssar...
Se já não tem remédio, medida... altura, largura ou comprimento;

Sei que também nos sobe às faces e consegue nos fazer corar...
E brotando-nos à flor da pele, eternizando cada raro momento,
Deixa no ar a pergunta que não quer calar: o que será, que será?

sábado, 29 de maio de 2010

Todo mundo espera alguma coisa...

Se o tempo, por nós, passa assim tão depressa;
Parecendo até que não nos dá a menor atenção,
Esperamos que um dia nada mesmo nos impeça
De atendermos aquecidos os apelos do coração!

Talvez torturados pela pressão que o tempo nos faz,
Caminhemos, ansiosos, em busca de horas a sós...
Sabendo que - em minutos - a eternidade se refaz;
Trazendo-nos o profundo sentimento qu'inda há em nós!

Quanto ao dia, não sei se te agrada ver-nos novamente;
Mas, espero teu sim - sob estrelas ou lua mais plena...
Para que nosso abraço seja nosso mais plenamente...

E diante de teu olhar, também te veja bem mais serena...
A qualquer sinal de abertura, possamos - sem censura, igualmente
Fazermos dos sonhos a realidade que sempre vale a pena!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Palavras...

Algumas palavras, juro, meu coração tão-só já não diz;
Não sei se é consequência de tudo que hoje me resta,
Ou - quem sabe - se será essa m'ea forma de ser feliz;
Enquanto o poema do tempo a instância me empresta!

Talvez devesse existir, das palavras, um exímio artesão...
Para que engenhosamente trabalhasse ou até esculpisse
O olhar profundo que viaja no tempo, a pura expressão;
Certo de dizer-te novamente palavras que um dia te disse!

Como esperar mais, se já passou o tempo da esperança?
Querer-te agora parece sonho impossível ou vão devaneio;
Pois nos guardamos silentes, segredando nossa lembrança.

Se me dás uma ideia, busco a palavra ou qualquer outro meio;
Permito-me viajar-te - em imagem e ação - puro como criança,
Quero, assim, saciar-nos a paixão; por isso a ti meu fogo ateio! 

domingo, 23 de maio de 2010

Ao que chamo de amor...

Chegamos - um dia - a um altar que nos fora pleno,
Fizemos dele um ninho de tantas paixões e delícias...
Hoje, diante do tempo que passou, quero um aceno
Para reacendermos a luz de nossas ternas carícias!

Sob o caos que tua ausência, cruelmente, me causou;
Sobrevivo, resistente, ao tempo da cura e neste breu...
Consolo este meu coração que já e sempre te amou,
Esperando ansioso o brilho do olhar que é somente teu!

E na expectativa de que tomemos - juntos - nosso tento,
Será tão bom desatarmos de nós os nós qu'inda têm jeito;
Deixando livre teu veleiro em flor ao seu maior intento...

Soltando suas velas, permitindo-se plena, à mercê do vento.
E enquanto a vida vai passando n'um vazio quase perfeito...
Trago-te em meu peito, chamando de amor meu sentimento!

sábado, 22 de maio de 2010

Travessias, e [...]

Quero - a cada dia -, poder soltar a minha voz
Nas estradas, ou mais diretamente ao teu coração;
Lembrando-me de tudo, principalmente de nós...
E assim renovar em mim aquela nossa emoção!

Quero que saibas, e já não posso nem quero parar
De dizer-te a distância o que te disse tão perto;
Sabendo que o tempo não conseguiu, de fato, separar
Os corações cujo amor inda é grande, estou certo!?

Refaço-me, e quero fazê-lo na delícia de teus abraços
Em hora oportuna, fortuita ou mesmo em tempo fugaz;
Guardar comigo o teu perfume, e a beleza de teus traços...

Pois sei que tua lembrança - em mim - traz-me a paz;
E diria até que o destino pode reatar-nos os laços...
Ou será que o que se foi p'ra nós não voltará jamais?

terça-feira, 11 de maio de 2010

Quando a luz dos olhos meus...

Não se trata de palavras que lançamos ao vento;
São expressões que partem do âmago do coração.
Traduzem forte o mais nobre e sincero sentimento,
Deixando silente e expectante até a própria razão!

Se os olhos não se encontram, havendo lembranças,
A mente, então, viaja em busca de alguns sinais...
Acalentando, quem sabe, remotas esperanças
De ter - além do teu olhar - o que ficou para trás!

O que marca na vida a presença de outra vida
Não se pode mensurar na brevidade de um texto;
Talvez haja como demonstrar em uma hora querida...

Creio que quando a luz dos olhos fizer novo contexto,
E chegarmos, enfim, à nossa vontade maior e preferida,
Teremos o corpo - por inteiro - como sublime pretexto!

domingo, 9 de maio de 2010

*Ei, mãe...

Não importa se o filho não é mais menino,
A mãe também há de querer parir seu destino;
Não existe isso de dizer que a mãe já fez a sua parte,
Pois ela terá sempre algo a realizar na vida dos filhos;
[Até mesmo depois de partir]
O mundo não adota quem tem boa mãe;
Na verdade, é bom mantê-la nos planos,
Já que ela jamais quer que um filho seu sofra...
[Embora o sofrimento ensine tanto, também]
Proteção não desprotege
Se a considerarmos como amor.
E o carinho de mãe é para acontecer,
Pois quando a barra "tá pesada",
É o colo de mãe que faz falta
[Alguns filhos só depois é que entendem isso]
Infelizmente.
É bom não querer
A ausência de uma mãe;
[Ela está, de alguma forma, sempre presente]
Tampouco se acostumar com isso,
Nem no início nem no fim de nossas vidas!

*Minha homenagem, hoje, às mães do mundo inteiro.

sábado, 8 de maio de 2010

Quero te encontrar...

Espero-me em teu porto
Como prova de que em ti quero me encontrar;
Se não me achei,
Ainda estou perdido;
Se te encontrei,
É porque quero me achar.
Mas, não me acho
Enquanto não te encontro...
Sempre me perco
Quando me acho sem ti.
Se te encontrar,
Só me deixes perdido,
Desde que - contigo,
Eu também possa estar!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Perigo...

O coração não tem olhos, mas vê;
E, se não conseguisse ver,
Teria a vantagem de sentir.
Coração até sonha;
É capaz de chorar,
Pode sorrir, é verdade!
Alguns chegam a ter asas,
Voam...
Outros dormem,
E, paralisados,
Viajam no tempo;
Reconstroem castelos...
Longe das ameaças,
Já que tudo passa,
É melhor não ver as marolas...
Coração cansa,
Repousa...
Parece esperar,
Tudo pode estar longe dele,
Mas...

sábado, 1 de maio de 2010

Poeira tomando assento...

A Felicidade é a filha ilustre do Amor;
Não se é feliz sem amar!
Quando hoje abri meus olhos,
Ainda diante de imagens turvas,
Achei-me perdido...
Sozinho, sob a ilusão de tuas curvas:
Puro devaneio,
Sonho - talvez!
Expectativa...
Quiçá?
Retornei aos lençóis...
Cambaleante, em busca do mesmo sonho,
Devaneio,
Ilusão...
Poeira tomando assento...
Volto-me
Encontrando-te.
És a filha do Amor,
Sou feliz!

A vida é tão rara...

Nada é igual!
O conceito de paridade é controverso:
As coisas até se parecem, às vezes,
Mas são diversas no Universo.
Ninguém é igual!
A concepção da existência humana é plural:
As pessoas até expõem semelhanças,
Mas são desiguais, é natural.
A vida é tão rara!
Sendo ímpar, não tem repetição:
O momento, a realidade, tudo é único;
Nada é igual...
Ninguém é igual...
A vida é tão rara!