A natureza é multicor. Seus matizes insinuam uma diversidade que foge à monotonia a que muitos se submetem. Compreender essa pluralidade pode permitir-nos uma melhor visão de como devem ser as pessoas e de que modo podemos aceitá-las.
Somos parte de um mundo natural, em pleno movimento, em constante mutação, reprodutivamente múltiplo. O fato de convivermos com tantos elementos díspares induz-nos a uma concepção de que a maravilha da vida não está na igualdade, mas na grande variedade de perfis que nos cercam. Todas essas diferenças que compõem nosso universo tangível contribuem para, cada vez mais, amarmos uns aos outros por serem diferentes de nós; e não por suas semelhanças conosco.
Conceber essa verdade não é fácil. Exige de cada um e de todos um nível diferenciado de percepção sobre a vida. É plausível a crescente referência à aceitação das diferenças entre as pessoas no mundo inteiro; e ficar de fora desse contexto é mais que um retrocesso; é uma estagnação. Assim, é possível ver o mundo como um avanço a partir de uma visão periférica em relação a tudo que nos cerca.
Se é inegável que a singularidade é plural, por que iríamos querer paisagens monótonas; assuntos monotemáticos; a vida sem movimentos ou pessoas sem variações?
Por isso, creio que se todos fossem iguais a você; sinceramente, não sei se seria uma maravilha viver, pois o que torna qualquer um especial é, exatamente, o fato de ninguém ser-lhe igual.