segunda-feira, 21 de junho de 2010

Olha pro céu, meu amor...

Talvez o mês junino consiga espargir cinzas de amores
Que tenham marcado corações pelas estradas da vida;
Podemos tocar em espinhos quando colhemos as flores,
Mas entendemos que amar é sempre uma ação atrevida!

E, é contrariando a lógica, a natureza e muitas opiniões,
Que o amor segue como uma paixão cega em busca do par,
Superando distâncias, tempos e sobrepõe-se às desilusões,
Pois somos partes de uma fogueira que insiste em incendiar!

Os balões ainda vistos no céu, por tantos motivos proibidos;
Representam - talvez - a ousadia bem própria das paixões...
Se somos felizes, só nos achamos quando estamos perdidos,

Na contramão de tudo, sem esperar apoios ou confirmações...
Quem sabe, se lá de cima não somos bem mais compreendidos,
Já que amamos tão plenos, desatando-nos os nós, além das razões!

3 comentários:

  1. Professor-amigo Sílvio, quanto tempo!

    Afastei-me um pouco e temporariamente da net. Estou voltando e voltando obviamente a esse blog que tanto me faz fluir o pensamento.

    Por algum momento, senti ler a música, em outros, "Profundamente" de Bandeira, mas não, felizmente, um ledo engano, estava lendo a silvística mania de sonetear a arte musical.

    Obrigado pela sua inteligência.

    Abraço!

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  2. Nossa! Como é profundo o seu sentimento.
    Falo por todos os seus textos e não, especificamente, por este.
    Cheguei a sentir um aperto no coração como se fosse um sopro de solidão.
    As vezes me pareceu triste, as vezes solitário, em alguns textos consegui ver a imagem do amor em outros a descrença da sua existência.
    Me avise sempre que postar um novo texto.
    Adorei a sua forma de expressar a alma.
    Um grande abraço.

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