Por vezes, somos levados, por algumas circunstâncias, a crer no caos irreversível ou a pensar que o fundo do poço não tem saída. Sinceramente, que pensamento infeliz!!!
Acostumar-se com o ritmo da existência humana, entender suas oscilações, acreditar na alternância das possibilidades é o "barato da vida"! É admitindo essa realidade que passamos a valorizar cada situação vivenciada, na certeza de que nada é para sempre, por melhor ou pior que seja.
Quando alguém demora a perceber essa verdade, é comum que se torne uma pessoa amarga, rabugenta e infeliz, pois não consegue encontrar felicidade em quase nada; reclamando de tudo e de todos, gera em torno de si, uma atmosfera densa e sombria - perto da qual tudo é negativo.
Não sei se você já conversou com pessoas que apresentam a vida como um fardo, e não como um prazer; certamente já. Cá p'ra nós, você gosta de passar muito tempo com esse tipo de perfil humano? É barra, não?
Há poucos anos, passei por uma dessas oscilações da vida, momento em que a gente descobre os amigos, entende "né?" Aí, você começa a encontrar pessoas que já vêm com pedras na mão para tornar sua dor mais dolorosa; ou encontra aqueles que estendem a mão aberta em forma de ajuda significativa. Lidar com isso é tarefa árdua, requer destreza na arte de viver.
Considerando-se que o dia oferece-nos tantas variações, não deveríamos estranhar o sol, a chuva, a lua, a luz, a escuridão, os vales e as montanhas; assim também a alegria, a tristeza, a paz, a guerra, o silêncio, o barulho (...) enfim, aprender a viver, com a convicção de que viver é difícil, viver é perigoso, certos de que sobrevivemos a cada instante.
Quanto ao chorar, é bom tirar proveito das lágrimas; que elas não representem desespero, mas o reflexo do momento vivido, na esperança de dias melhores, pela via da honestidade, da retidão de caráter, do trabalho digno e inteligente, enfim, daquela disposição em andar a milha a mais. E quem já não chorou, por perdas, tristezas, desespero ou tédio? Mas, certamente, também já deixamos nosso rosto marcado pelo encontro entre a lágrima e a felicidade, a alegria, a conquista, a realização, não é mesmo?
Quando for preciso, chore; mas não se negue também às gargalhadas p'ra que você chore de rir. Guarde esses momentos, pois eles servirão de consolo e de paz em muitas outras circunstâncias da vida, sendo-lhe um bálsamo, uma inspiração.
E creia, que com essa visão da vida, viver será menos desgastante; será gratificante, a ponto de você - em momentos assim - dizer: Ali, onde eu chorei, qualquer um chorava; dar a volta por cima que eu dei, quero ver quem dava!
Lindo texto, Sílvio!
ResponderExcluirVocê continua "inspirado". Obrigada por fazer parte das minhas conquistas.
Um grande beijo!