quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Quando eu calar a minha voz...

Não esqueça meus apelos;
Não abandone meus desejos;
Não estacione meus sonhos...
Tente esquecer meus erros;
Lembre-se então, dos meus beijos
E apague os dias tristonhos.
Mas, se minha voz não for mais ouvida,
Se o silêncio calar-me o ser,
Vou querer uma chance atrevida
De, dentro em ti, poder reviver.
Não permita que minhas palavras
Fiquem perdidas no reino da inedição;
Quero que se enriqueçam as lavras
E todas as minas de um coração.
Não quero que meu silêncio me deixe mudo,
E não gostaria que o melhor de mim
Ficasse esquecido, mas, sobretudo,
Tivesse começo e não tivesse fim.
Aquilo que hoje me cala
É, talvez, o que mais te fala;
Sou silêncio quando a voz é demais;
Sou a voz quando o silêncio já não satisfaz.
Quero que minhas palavras sejam o perfume da flor silenciosa
Ou até os espinhos sombreados pela rosa;
Quero que minha palavra seja doce como o mel
E que produza o néctar, espargindo-se no céu.
Mas, se o silêncio calar a minha voz,
"Por favor, entenda!"

2 comentários:

  1. Um bom mestre, jamais será incompreendido... Portanto, mesmo silenciada, sua voz será ouvida e soará "doce como o mel" nos corações daqueles que um dia receberam com carinho e admiração seus ensinamentos...
    Parabéns!!!!

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